Gafisa: resultado negativo foi puxado pela Tenda, que passa por um processo de reestruturação (Alexandre Severo/EXAME)
Da Redação
Publicado em 9 de agosto de 2014 às 09h00.
São Paulo - A Gafisa reportou prejuízo líquido consolidado de R$ 851 mil no segundo trimestre de 2014, um recuo de 94% na comparação com o prejuízo de R$ 14,144 milhões no mesmo período do ano passado. O resultado negativo foi puxado pela Tenda, que passa por um processo de reestruturação mais demorado.
A companhia é composta pelo segmento Gafisa, incorporadora com foco em unidades residenciais no segmento de renda média, média-alta e alta, com preço médio de venda de R$ 500 mil, e pelo segmento Tenda, cuja operação é concentrada em empreendimentos econômicos, enquadrados dentro do programa Minha Casa, Minha Vida na faixa 2. O grupo ainda detém participação de 30% na empresa de loteamentos Alphaville.
A Tenda teve prejuízo de R$ 17,983 milhões, diminuição de 30,9% na mesma base de comparação. Já a Gafisa reportou lucro de R$ 17,132 milhões, alta de 44,4% ante o lucro de R$ 11,867 milhões.
O resultado consolidado já considera a fatia equivalente de Alphaville, contabilizado junto com o do segmento Gafisa. Sem isso, o prejuízo líquido consolidado no segundo trimestre deste ano teria chegado a R$ 9,243 milhões, o que representa melhora de 83,6% ante o prejuízo de R$ 56,618 milhões no segundo trimestre de 2013, também sem Alphaville.
O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado consolidado foi de R$ 89,838 milhões, queda de 4,3%. A margem do Ebitda ajustado consolidado foi de 15,6%, baixa de 0,9 ponto porcentual. O Ebitda ajustado consolidado contempla o efeito de Alphaville.
A receita líquida do grupo totalizou R$ 574,830 milhões, retração de 10,3%. Conforme já divulgado pela companhia em relatório preliminar, os lançamentos consolidados no segundo trimestre de 2014 somaram R$ 413,8 milhões, alta de 66% sobre o mesmo intervalo de 2013. As vendas contratadas líquidas somaram R$ 433,0 milhões, crescimento de 12,0%. A velocidade de vendas (VSO) ficou em 12,6%, estável na comparação anual.