Gabrielli vê crescimento em etanol via aquisições
Rio de Janeiro- O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, afirmou nesta segunda-feira que a estatal deverá crescer em produção de etanol através de aquisições. "Tínhamos estratégia diferente, e mudamos. Era de greenfields (novas usinas) e hoje estamos revendo para crescimento de produção principalmente via aquisições", disse Gabrielli em entrevista sobre o Plano de Negócios […]
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h39.
Rio de Janeiro- O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, afirmou nesta segunda-feira que a estatal deverá crescer em produção de etanol através de aquisições.
"Tínhamos estratégia diferente, e mudamos. Era de greenfields (novas usinas) e hoje estamos revendo para crescimento de produção principalmente via aquisições", disse Gabrielli em entrevista sobre o Plano de Negócios da Petrobras para o período entre 2010 e 2014.
A Petrobras prevê investir 3,5 bilhões de dólares em biocombustíveis (produção, logística e comercialização) até 2014, um aumento de mais de 1 bilhão de dólares em relação ao plano anterior.
Nesta segunda-feira a Petrobras anunciou um acordo com a São Martinho que permitirá a expansão do negócio da estatal em etanol para o Centro-Oeste, com a empresa passando a atuar em uma região considerada nova fronteira para a cana.
Há cerca de dois meses, a Petrobras firmou um acordo com a Açúcar Guarani, do grupo francês Tereos, com a estatal detendo na Guarani participação semelhante à fatia que terá em uma nova empresa formada com a São Martinho.
De acordo com Miguel Rossetto, presidente da Petrobras Biocombustível, braço de biocombustíveis da estatal, a estratégia de crescimento da petrolífera em etanol terá como base tanto as participações na Guarani quanto na nova empresa constituída com a São Martinho.
A Petrobras tem uma estratégia de não ser majoritária em seus acordos de etanol, mas buscando uma participação relevante.
Juntamente com suas parceiras, a Petrobras tem atualmente capacidade de processamento de 24 milhões de toneladas de cana, com previsão de produção de 890 milhões de litros de etanol na safra 2010/11.
Mas esse volume deve mais que dobrar até 2014, para 2,6 bilhões de litros, segundo o novo plano de investimento da estatal.
A estatal projeta ter entre 4 e 5 por cento da produção de etanol do país em 2014.