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Gabrielli diz que Petrobras pode vender refinarias no exterior

O presidente da Petrobras afirmou que a estatal pretende fazer um "ajuste de portfólio" da empresa

Sergio Gabrielli, presidente da Petrobras: ativos de refino no exterior são candidatos à venda (Renato Araújo/AGÊNCIA BRASIL)

Sergio Gabrielli, presidente da Petrobras: ativos de refino no exterior são candidatos à venda (Renato Araújo/AGÊNCIA BRASIL)

Diogo Max

Diogo Max

Publicado em 17 de novembro de 2010 às 06h55.

São Paulo - O presidente da Petrobras, Sergio Gabrielli, disse que a empresa vai se desfazer de suas refinarias no exterior. Como justificativa, o executivo afirmou que a estatal pretende fazer um “ajuste de portfólio” e  concentrar seus investimentos internacionais em produção e exploração, e não no refino do petróleo. 

“Não posso dizer que vou vender, mas estamos concentrando o nosso investimento internacional em exploração e produção. Todos os ativos de refino no exterior são potenciais candidatos à venda”, disse Sergio Gabrielli, em entrevista ao jornal Valor Econômico, publicada nesta quarta-feira.

Entre as refinais candidatas, estão a de Passadena, nos Estados Unidos, e a de San Lorenzo, na Argentina. O presidente da Petrobras nega que irá aumentar o caixa da empresa com a possível venda dos ativos. Até 2014, a empresa deve investir US$ 4 bilhões no exterior, dos US$ 224 bilhões previstos para todas as áreas.

Os investimentos da Petrobras devem se concentrar mesmo no Brasil. Em entrevista ao jornal The Guardian, o diretor financeiro Almir Guilherme Barbassa afirmou que a estatal pretende chegar até 2015 a uma produção de 5,4 milhões de barris de petróleo e gás extraídos por dia, mais que o dobro produzido atualmente. 

Para isso, a Petrobras vai se beneficiar da nova legislação sobre os recursos naturais brasileiros, que irá conceder à gigante uma participação mínima de 30% em cada nova descoberta do pré-sal, além de ser a principal operadora em todos os novos projetos operados na camada. 

No terceiro trimestre, a Petrobras apresentou lucro líquido consolidado de R$ 8,5 bilhões. A quantia é 8% maior que o obtido no mesmo trimestre do ano passado. O resultado, segundo a companhia, foi influenciado pelo câmbio, que teve um impacto positivo sobre as operações da Petrobras.

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