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Fusões e aquisições têm melhor desempenho desde 2000

Volume de negócios registrado de janeiro a agosto é 9% maior que o do mesmo período do ano passado. Estrangeiros voltam a se interessar pelo país, segundo a consultoria Pricewaterhousecoopers

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.

O Brasil registrou 239 fusões e aquisições entre janeiro e agosto, número 9% maior que o de igual período do ano passado. O volume também é o maior dos últimos quatro anos, conforme pesquisa da consultoria Pricewaterhousecoopers (PwC). Segundo a PwC, os investidores estão mais animados com a retomada econômica e com os sinais positivos do mercado interno. Desde 2000, o número de fusões e aquisições está em queda. Se o ritmo for mantido até dezembro, 2004 poderá interromper a série negativa e registrar aumento do volume de negócios sobre o ano anterior.

O resultado até agosto não considera as 16 transações geradas pela sexta rodada de licitações da Agência Nacional do Petróleo (ANP), realizada em agosto, por terem sido motivadas por um evento pontual, conforme a PwC. Quando contabilizadas, o número total de fusões e aquisições sobe para 255 nos oito primeiros meses de 2004. O volume fica 16,5% maior que o período de comparação (leia também reportagem de EXAME sobre os advogados que estão por trás dos maiores negócios do país).

O período de junho, julho e agosto marcou uma aceleração dos negócios. Nesses três meses, ocorreram 103 fusões e aquisições (sem considerar as parcerias para a rodada da ANP), volume 23% maior que o de igual intervalo do ano passado. A consultoria assinala que, ao lado de novos investimentos, projetos interrompidos estão sendo retomados e ajudam a melhorar o desempenho do país.

Aquisições em alta

A aquisição do controle das empresas continua sendo a principal opção dos investidores. Em 127 dos 239 negócios realizados de janeiro a agosto, as empresas envolvidas mudaram de proprietários. Em igual período do ano passado, a mudança de controle envolveu 113 operações.

O destaque foi a volta dos estrangeiros aos negócios de aquisição de controle. Em 1999, o capital externo respondia por 70% desse tipo de operação. Desde então, a participação estrangeira apresentou quedas sucessivas, chegando a 31% dos negócios no ano passado. Agora, a retomada é sentida pelo aumento de sua presença: eles responderam por 43% das compras de controle acionário até agosto. Os 55 negócios em que se evolveram no período representam um aumento de 45% sobre igual intervalo do ano passado.

Setores

A sexta rodada de licitações da ANP ajudou a destacar o setor de petróleo, gás e derivados. Em seguida, vieram os setores de química e petroquímica, com destaque para transações entre empresas farmacêuticas e de fabricantes de produtos de higiene e limpeza, e informática, cuja tônica foram os contratos abrangendo fabricantes de softwares e prestadores de serviços.

Entre os principais realizados em agosto, estão a aquisição, pela Petrobras, da usina termelétrica Eletrobolt por 159 milhões de dólares, divididos em 30 parcelas, e a compra da Seara Alimentos pela Cargill, estimada em 130 milhões de dólares.

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