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Fusões e aquisições devem desacelerar na América Latina em 2020

O espectro de uma guerra comercial global e uma série de crises políticas pesaram sobre as perspectivas para a América Latina

Fusões e aquisições: A expectativa é de que novos acordos na região somem US$ 77 bilhões em 2020, abaixo dos US$ 90 bilhões estimados para este ano, segundo relatório (foto/Getty Images)

Fusões e aquisições: A expectativa é de que novos acordos na região somem US$ 77 bilhões em 2020, abaixo dos US$ 90 bilhões estimados para este ano, segundo relatório (foto/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 16 de outubro de 2019 às 06h00.

Última atualização em 16 de outubro de 2019 às 06h00.

As operações de fusões e aquisições na América Latina devem desacelerar no próximo ano devido ao impacto do desaquecimento econômico e da incerteza política em toda a região, o que deve restringir o apetite por novos acordos, segundo previsão divulgada na segunda-feira.

A expectativa é de que novos acordos na região somem US$ 77 bilhões em 2020, abaixo dos US$ 90 bilhões estimados para este ano, segundo o relatório anual Global Transactions Forecast, do escritório de advocacia Baker McKenzie. Em todo o mundo, o número de acordos dever cair 25%, para US$ 2,1 trilhões no próximo ano.

O espectro de uma guerra comercial global e uma série de crises políticas pesaram sobre as perspectivas para a América Latina, cujo crescimento econômico deve desacelerar para 1,1% este ano ante 1,5% em 2018, segundo dados compilados pela Bloomberg.

O declínio do volume de acordos será particularmente acentuado na Argentina, onde investidores temem o retorno de uma agenda econômica populista caso o candidato da oposição, Alberto Fernández, vença as eleições presidenciais em 27 de outubro.

“Embora a volatilidade política da América Latina tenha contribuído para a queda regional da atividade de fusões e aquisições, uma vez que a região alcance o equilíbrio com os resultados das eleições de 2018 e 2019, podemos esperar uma recuperação econômica“, disse Jaime Trujillo, chefe da prática de América Latina do Baker McKenzie, em comunicado.

A desaceleração será menos pronunciada no Brasil, onde investidores esperam uma recuperação econômica no próximo ano, segundo o relatório. Estima-se cerca de US$ 37 bilhões em acordos no próximo ano, em comparação com US$ 40 bilhões este ano.

--Com a colaboração de Pablo Gonzalez.

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