EXAME.com (EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.
Uma eventual fusão entre a TAM, a portuguesa TAP e a angolana TAAG faria sentido para a companhia aérea brasileira, segundo a corretora do Itaú, que trabalha de forma independente do banco.
Em entrevistas recentes, o presidente da TAP, Fernando Pinto, e o vice-presidente comercial da TAM, Paulo Castello Branco, disseram que a fusão seria uma possibilidade interessante, mas esclareceram que nenhuma negociação está em curso no momento.
Em um relatório assinado pelos analistas Victor Mizusaki e Fernando Abdalla, o Itaú lembra que a Gol tem crescido a um ritmo mais forte que o da TAM no mercado doméstico desde que relançou o programa de fidelidade Smiles. Como a Gol construiu a imagem de uma empresa que oferece tarifas baixas, seria difícil para a TAM ganhar mercado da concorrente sem reduzir sua lucratividade.
Caso a fusão entre TAM, TAP e TAAG fosse fechada, entretanto, a TAM poderia aumentar seu foco no mercado internacional de voos. A parceria permitiria à TAM crescer principalmente na Europa e na África. Com a TAP, a TAM já possui um acordo de compartilhamento de voos desde 2007.
O Itaú lembra que atualmente a legislação brasileira impede que estrangeiros detenham mais de 20% das ações ordinárias (com direito a voto) de uma companhia aérea brasileira. No entanto, o governo estuda aumentar esse percentual para até 49% - o que abriria o espaço para negociações.
A fusão poderia aumentar a frota da TAM em 51,5%. No segundo trimestre, a companhia brasileira tinha 132 aeronaves (125 Airbus e sete Boeing), a TAP estava com 55 Airbus a TAAG tinha 13 Boeing.