Negócios

Fusão das empresas criarão maior cia aérea do mundo

A American Airlines e a US Airways anunciaram a fusão das empresas nesta quinta-feira, numa operação que criará a maior companhia aérea do mundo


	American Airlines: acordo era amplamente esperado pelo mercado e passou mais de um ano em gestação
 (Joe Raedle/Getty Images)

American Airlines: acordo era amplamente esperado pelo mercado e passou mais de um ano em gestação (Joe Raedle/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 14 de fevereiro de 2013 às 11h08.

A American Airlines e a US Airways anunciaram a fusão das empresas nesta quinta-feira, numa operação que criará a maior companhia aérea do mundo e que terá um valor de mercado de 11 bilhões de dólares.

A fusão conclui uma onda de consolidações que ajudou as companhias aéreas norte-americanas a terem bases financeiras mais sólidas.

O acordo era amplamente esperado pelo mercado e passou mais de um ano em gestação. A AMR, controladora da American, encaminhou um pedido de concordata em novembro de 2011 e a US Airways começou a buscar a fusão no início de 2012.

A nova empresa, que vai operar sob a marca da American Airlines, será 2 por cento maior em tráfego de passageiros pagantes que a atual líder mundial, a United Continental.

A companhia combinada terá sede no Texas e será comandada pelo presidente-executivo da US Airways, Doug Parker, antigo defensor da consolidação da indústria.

"Ao utilizar a rede de conexões da American com penetração em mercados menores, e a receita de aliança global, a nova empresa pode elevar faturamento e diminuir custos de forma mais efetiva, enquanto lida com integração trabalhista e problemas de capital", disse o analista Jeffrey Kauffman, da Sterne Agee & Leach, em nota a clientes.


Tom Horton, que se tornou o presidente-executivo da AMR quando a empresa entrou em concordata, será o presidente do conselho de administração da nova empresa até a primeira reunião anual de acionistas, quando Parker assumirá o cargo.

A fusão, que está sujeita à aprovação de reguladores e da corte de falências dos EUA, pode ajudar a acelerar a recuperação da indústria aérea norte-americana, já que as empresas terão mais espaço para elevar tarifas com a eliminação de um competidor.

Após o anúncio, Parker afirmou que a empresa não espera ter problemas com autoridades regulatórias por conta da fusão com a AMR.

A transação é a quarta grande fusão na indústria aérea dos EUA desde 2008, quando a Delta Air Lines comprou a Northwest. United e Continental se uniram em 2010, e a Southwest Airlines comprou a rival AirTran Holdings em 2011.

A empresa resultante da combinação da American com a US Airways terá receita de cerca de 39 bilhões de dólares com base nos números de 2012, à frente da United Continental que teve receita de cerca de 37 bilhões de dólares.


Acordo

Os acionistas da US Airways terão 28 por cento de participação na nova empresa. O restante ficará com acionistas da AMR e credores de suas subsidiárias, sindicatos trabalhistas da American e atuais funcionários da AMR.

Sindicatos que representam os pilotos, comissários de bordo e tripulantes de solo das empresas disseram que apoiam a fusão.

A transação deve gerar mais de 1 bilhão de dólares em sinergias anuais líquidas em 2015. As empresas afirmaram que esperam custos de transição não recorrentes de 1,2 bilhão de dólares nos próximos três anos.

No anúncio, as empresas também informaram que planejam assumir a entrega de mais de 600 novas aeronaves.

No final de janeiro, o presidente da divisão de aviação comercial da Embraer, Paulo Cesar de Souza e Silva, afirmou que a fabricante vê a companhia norte-americana demandando mais jatos regionais.

Atualizado às 12h07min

Acompanhe tudo sobre:American AirlinesAviaçãocompanhias-aereasEmpresasFusões e AquisiçõesSetor de transporte

Mais de Negócios

Clube dos bilionários: quem tem mais de US$ 100 bilhões em patrimônio?

Ele fatura R$ 500 milhões ao colocar Floripa na rota do luxo discreto

Black Friday tem maquininha com 88% de desconto e cashback na contratação de serviços

Início humilde, fortuna bilionária: o primeiro emprego dos mais ricos do mundo