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Fundo inclui Itaú como réu em disputa envolvendo fusão

A ação judicial que busca interromper os planos do banco brasileiro de assumir o controle do banco chileno CorpBanca


	Itaú: o banco afirmou por meio de sua assessoria que não vai comentar o assunto
 (Wikimedia Commons/Wikimedia Commons)

Itaú: o banco afirmou por meio de sua assessoria que não vai comentar o assunto (Wikimedia Commons/Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 12 de junho de 2014 às 11h58.

São Paulo - O fundo de investimento norte-americano Cartica Management LLC disse nesta quinta-feira que incluiu o Itaú Unibanco como réu em uma ação judicial que busca interromper os planos do banco brasileiro de assumir o controle do banco chileno CorpBanca.

O Cartica alega que o Itaú, o CorpBanca e o bilionário Alvaro Saieh, acionista controlador do CorpBanca, violaram a lei antifraude e as regras de governança dos Estados Unidos. O processo está pendente no Tribunal Distrital dos EUA do Distrito Sul de Nova York.

Em um comunicado, o fundo disse que Saieh, Itaú e CorpBanca "continuaram a reter informações materiais, e não corrigiram erros materiais", mesmo depois da ação, e violaram as leis de valores mobiliários dos EUA.  

O movimento do Cartica, um raro exemplo de ativismo de investidor na região, busca afetar a maior combinação bancária na América Latina desde 2008. O Cartica, que administra cerca de 2 bilhões de dólares em ativos, possui cerca de 3,2 por cento das ações ordinárias do CorpBanca.

O Itaú afirmou por meio de sua assessoria que não vai comentar o assunto. A decisão de incluir o Itaú no processo baseou-se nos "mais recentes erros materiais em declarações e omissões de Saieh", disse o comunicado, acrescentando que neste momento "tornou-se claro para o Cartica que o Itaú está trabalhando ativamente com Saieh para fechar a transação."        

Em seu comunicado, o fundo afirmou que Saieh e os outros réus "fizeram ou permitiram declarações enganosas e omissões que levaram à operação com o Itaú nos atuais termos injustos e subavaliados, sem que os acionistas minoritários do CorpBanca tivessem a oportunidade de adotar quaisquer medidas para proteger seus interesses."

Saieh começou a colocar partes do CorpGroup à venda no ano passado para levantar recursos depois de sua holding varejista SMU, que detém a cadeia de supermercados Unimarc, ter revelado erros contábeis que a forçaram a um aumento do endividamento e à quebra de cláusulas contratuais. Saieh também controla o jornal chileno La Tercera.

No ano passado, Saieh, um chileno de ascendência palestina, iniciou negociações com o Itaú para uma fusão, venda direta ou criação de uma estrutura que lhe permitisse continuar sendo um acionista relevante do CorpBanca, disseram fontes à Reuters em dezembro.

Segundo o fundo Cartica, a compra do controle pelo Itaú beneficiaria Saieh por meio da venda de suas ações da subsidiária na Colômbia; de um empréstimo de 950 milhões de dólares do Itaú garantido por ações do CorpBanca; opções para vender sua participação no CorpBanca acima do valor de mercado; e a oportunidade de participar como sócio do Itaú em potenciais oportunidades de negócios na América Latina.

A fusão com o banco chileno dará ao Itaú não só uma importante presença no varejo bancário do Chile, mas também proporciona uma vertente de expansão na Colômbia, a economia de mais rápido crescimento da América do Sul no ano passado.

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