Corpo do médico e empresário foi encontrado pelo filho no escritório localizado no Hospital Panamericano em São Paulo, segundo apurou EXAME.com (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 3 de maio de 2011 às 08h40.
São Paulo – O presidente e fundador do grupo de saúde Samcil, Dr. Luiz Roberto Silveira Pinto, foi encontrado morto por volta das 16h30 de segunda-feira (4) em seu escritório, localizado no Hospital Panamericano, no bairro Alto de Pinheiros, zona oeste de São Paulo, segundo apurou EXAME.com.
A morte de Silveira Pinto, 75 anos, foi confirmada pela assessoria de imprensa, que não fez um pronunciamento oficial a pedido da família. Um boletim de ocorrência foi registrado no 14º Distrito Policial de São Paulo pelo filho do empresário. O documento revela que o fundador da Samcil foi encontrado sem vida dentro de seu escritório, por volta das 16h30, com um ferimento à bala no peito e sentado em uma poltrona.
A reportagem de EXAME.com apurou que um revólver calibre 38 foi apreendido no local. A polícia abriu inquérito para investigar o ocorrido. A arma do crime foi encaminhada para perícia.
A morte de Silveira Pinto ocorre em um período em que a Samcil enfrenta diversos problemas financeiros. Sob intervenção da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) desde janeiro, a operadora de planos de saúde tenta vender três hospitais para sanar dívidas que somam cerca de 70 milhões de reais, segundo reportagem do Valor Econômico, publicada em março deste ano.
A venda dos três hospitais - Santa Marta, localizado no bairro paulistano de Santo Amaro, o Santo André e o Jardim, ambos situados na região do ABC paulista - pode gerar um caixa de 130 milhões de reais para a Samcil.
Há cerca de seis meses, Silveira Pinto demitiu quase toda sua diretoria e voltou ao comando da operadora que já foi uma das maiores do mercado, mas teve seu tamanho reduzido pela metade nos últimos dois anos por conta da crise econômica e problemas de gestão.
A Samcil tinha como objetivo mais recente reverter a perda de associados, que passou de 600 mil em 2008 para 400 mil em 2010. Os rumores sobre falta de pagamentos, atraso salarial e problemas relacionados ao atendimento de pacientes voltaram a ganhar força no início deste ano.