Uber: o Uber afirma, no entanto, que mantém regras rígidas com relação aos dados dos usuários que usam o aplicativo (Toby Melville/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 15 de dezembro de 2016 às 16h34.
Funcionários do aplicativo de transportes Uber, nos Estados Unidos, estão sendo acusados de usar o sistema de GPS da empresa para rastrear e monitorar políticos e celebridades.
As informações foram divulgadas na terça-feira, 13, pela revista Reveal, que divulgou entrevista com o ex-funcionário do Uber, Samuel Ward Spangerberg.
Segundo Spangerberg, que move uma ação contra o Uber, o rastreamento de pessoas é fruto de uma falta de cuidados do Uber com os dados de usuários.
Esta falha acabou por permitir que funcionários espionassem ex-namorados e ex-cônjuges, além de políticos e até celebridades, como a cantora Beyoncé.
De acordo com ele, os funcionários tinham acesso e podiam rastrear qualquer usuário que desejassem. Outros cinco ex-funcionários do Uber confirmaram as acusações de Spangerberg.
De acordo com eles, centenas de funcionários tinham acesso às informações de todos os usuários e podiam rastrear as corridas usando o chamado "God View" - ou "Visão de Deus" - ferramenta que já tinha causado polêmicas no começo do ano.
O Uber afirma, no entanto, que mantém regras rígidas com relação aos dados dos usuários que usam o aplicativo.
A empresa diz que conta com "especialistas em segurança e privacidade que estão trabalhando o tempo todo para proteger dados".
Segundo a companhia, dentre os esforços, estão as técnicas para limitar acesso a dados por funcionários e reforçar as políticas de segurança.
Além disso, a empresa garante que os funcionários só têm acesso àquilo que suas funções exigem e que tudo o que eles fazem é registrado e auditado.