Negócios

Funcionários da Skol distribuem selo em bares por causa LGBT

Com a ação voluntária de funcionários, a marca dialogou com estabelecimentos de São Paulo e deixou um símbolo de apoio aos consumidores

Skol distribui selo de apoio à causa LGBT a bares e restaurantes de São Paulo  (Carlos Erbs/Divulgação)

Skol distribui selo de apoio à causa LGBT a bares e restaurantes de São Paulo (Carlos Erbs/Divulgação)

Ana Laura Prado

Ana Laura Prado

Publicado em 16 de junho de 2017 às 09h00.

Última atualização em 16 de junho de 2017 às 09h00.

São Paulo – A poucos dias da Parada LGBT de São Paulo, que ocorre neste domingo (18), a Skol propôs a bares, hotéis e hostels da cidade uma forma de mostrar receptividade a esses consumidores.

A marca ofereceu aos locais um selo para expressar que, neles, os clientes LGBT serão recebidos com respeito. Também foram distribuídas cartilhas que abordam questões relacionadas à igualdade de direitos – frisando, por exemplo, que casais gays e lésbicos têm o mesmo direito a expressar afetos em público que os casais heterossexuais.

A abordagem pessoal também foi uma parte importante da ação. Para isso, um grupo de 30 funcionários da Ambev atuou de forma voluntária no diálogo com os funcionários dos locais.

Ao todo foram visitados 102 estabelecimentos localizados na região da Avenida Paulista. Entre eles, 96 se mostraram receptivos à ideia e concordaram em receber o selo.

Segundo Kim Moraes, gerente de Skol e um dos voluntários da ação, o objetivo é mostrar que todos são bem-vindos nos lugares onde são servidos os produtos da marca. "Os lugares pelos quais passamos com certeza foram impactados. Lá, os clientes poderão esperar, no mínimo, mais empatia", diz em entrevista a EXAME.com.

No caso das negativas, o diálogo também se fez presente. Alguns dos locais alegaram, por exemplo, não se tratarem de um estabelecimento LGBT. "Explicamos que a questão não era essa, mas, sim, de que fosse um local onde todos são respeitados. Apesar de tudo, todos se mostraram muito dispostos a ouvir", explica o gerente.

Segundo ele, a empresa está aberta a receber um retorno dos consumidores que frequentarem os locais com o selo – inclusive, e principalmente, caso eles atuem de maneira contrária à proposta da campanha. Nesses casos, o gerente se comprometeu a entrar em contato e dialogar com o estabelecimento. Os consumidores interessados podem entrar em contato por meio do SAC da Ambev.

De dentro para fora

A ação faz parte da campanha da marca em apoio à Parada LGBT de São Paulo, que ocorre neste domingo (18). No dia também serão vendidas latas da cerveja com um design exclusivo, no qual a tradicional seta vermelha aparece pintada com as cores da bandeira da causa. Parte das vendas será revertida para apoiar a ONG "Casa 1", que acolhe jovens LGBT que tenham sido expulsos de casa.

Por trás da iniciativa da área de marketing, o mutirão também refletiu um movimento interno da empresa. Entre os voluntários, também participaram da ação membros do grupo LAGER (Lesbian and Gay and Everyone Respected), organizado por funcionários e apoiado pela empresa.

"O que tentamos fazer é manter o movimento da maneira mais orgânica e natural possível. Não se trata de abordar a diversidade como algo novo, mas sim de mostrar que as diferenças sempre existiram", diz Carlos Pignatari, gerente de estratégia de gente e gestão da Ambev e também voluntário da ação.

A empresa também é signatária do Fórum de Empresas e Direitos LGBT, que busca dialogar com empresas pela adoção de políticas que apoiem e respeitem funcionários e clientes ligados à causa.

Acompanhe tudo sobre:AmbevBaresCervejasLGBTMarcassao-pauloSkol

Mais de Negócios

Nestlé fecha parceria para colocar Kit Kat nas lojas da Brasil Cacau

Da mineração ao café: as iniciativas sustentáveis da Cedro para transformar a indústria

Shopee inaugura seu primeiro centro logístico em Manaus

Ex de Bezos doou US$ 2 bilhões em 2024 — valor total nos últimos anos chega a US$ 19,3 bi