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Funcionários da CSN são suspeitos de desviar R$ 100 mi

O esquema pode ter desviado mais de R$ 100 milhões e cinco funcionários podem estar envolvidos, de acordo com os promotores do Ministério Público

CSN (CSNA3) (Alexandre SantAnna/Veja Rio)

CSN (CSNA3) (Alexandre SantAnna/Veja Rio)

Karin Salomão

Karin Salomão

Publicado em 24 de março de 2015 às 18h10.

São Paulo - Três funcionários da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) foram presos, suspeitos de envolvimento em um esquema milionário de desvio de dinheiro.

Segundo o SPTV, o esquema pode ter desviado mais de R$ 100 milhões. De acordo com os promotores do Ministério Público de São Paulo, que comandam a investigação, ao menos cinco funcionários do departamento de compras estavam envolvidos.

Eles supostamente vazavam as propostas de aquisições de materiais para empresas, que ganhavam a concorrência. Como pagamento por essas informações privilegiadas, eles recebiam uma porcentagem dos contratos, segundo o SPTV.

Nove mandados de busca e apreensão foram cumpridos ontem, no escritório da CSN na Avenida Faria Lima, em São Paulo.

Também foram cumpridos três mandados de prisão. Dois funcionários da empresa ainda estão foragidos, ainda segundo o jornal.

A investigação está a cargo do Ministério Público desde janeiro, depois que a CSN enviou uma denúncia. Segundo a empresa, os controles internos da companhia identificaram indícios de irregularidades em processos específicos de compras. As informações foram, então, enviadas ao MP para investigação e medidas legais cabíveis.

A empresa também afirma que, uma vez que o processo ainda está em andamento, não é possível quantificar com exatidão os valores envolvidos.

"As cifras divulgadas pela imprensa até o momento são completamente desproporcionais aos fatos encaminhados ao MP", informa a CSN em nota à imprensa.

"A investigação já comprovou que o valor desviado foi utilizado pelos suspeitos para a aquisição de bens, parte deles já recuperados", informa o MP em nota à impresa.

Mais detalhes não podem ser fornecidos no momento porque a investigação continua e é protegida por sigilo, segundo o Ministério Público.

A operação teve a participação de Promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) e da Polícia Militar.

Matéria atualizada com as declarações da CSN e do Ministério Público.

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