Negócios

França vai investigar atividades da LafargeHolcim na Síria

Em março, a empresa reconheceu ter financiado "indiretamente" grupos armados na Síria em 2013 e 2014

LafargeHolcim: a justiça investiga especificamente as acusações de "financiamento de empresa terrorista" e de "colocar em perigo a vida alheia (Arnd Wiegmann/Reuters)

LafargeHolcim: a justiça investiga especificamente as acusações de "financiamento de empresa terrorista" e de "colocar em perigo a vida alheia (Arnd Wiegmann/Reuters)

A

AFP

Publicado em 13 de junho de 2017 às 09h10.

Três juízes de instrução franceses investigarão a empresa do setor de cimentos franco-suíça LafargeHolcim, acusada de ter financiado indiretamente grupos armados na Síria para manter suas atividades no país em guerra, anunciou a Promotoria de Paris.

Em outubro, a justiça abriu uma investigação preliminar e na sexta-feira passada decidiu atribuir o caso a dois juízes de instrução da unidade financeira e a um do departamento antiterrorista.

A justiça investiga especificamente as acusações de "financiamento de empresa terrorista" e de "colocar em perigo a vida alheia", indicou a Promotoria.

A investigação pretende esclarecer as relações entre a Lafarge - então uma empresa francesa que ainda não havia anunciado a fusão com a suíça Holcim - e grupos armados na Síria.

Entre os grupos citados se encontra o Estado Islâmico (EI), ao qual a Lafarge teria pago para manter aberta e em funcionamento sua fábrica de Jalabiya, norte do país, apesar da guerra civil.

O grupo EI assumiu o controle da fábrica em setembro de 2014 e a unidade foi fechada.

No ano passado, o ministério francês da Economia e várias ONGs apresentaram denúncias contra a LafargeHolcim com base em depoimentos de ex-funcionários da fábrica.

Em março, a empresa reconheceu ter financiado "indiretamente" grupos armados na Síria em 2013 e 2014.

Acompanhe tudo sobre:EmpresasHolcimLafargeSíriaTerrorismo

Mais de Negócios

Os criadores do código de barras querem investir em startups brasileiras de olho no futuro do varejo

Marca de cosméticos naturais Laces aposta em 'ecossistema' para chegar a 600 salões e R$ 300 milhões

Uma vaquinha de empresas do RS soma R$ 39 milhões para salvar 30.000 empregos afetados pela enchente

Ele fatura R$ 80 milhões ao transformar gente como a gente em palestrante com agenda cheia