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França pode bloquear proposta de fusão do Carrefour com gigante canadense

Em entrevista à emissora TV France 5 na noite desta quarta-feira, o ministro das finanças do país, Bruno Le Maire, expressou oposição ao negócio

França: O Carrefour é o maior empregador do setor privado da França (Germano Lüders/Exame)

França: O Carrefour é o maior empregador do setor privado da França (Germano Lüders/Exame)

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André Martins

Publicado em 14 de janeiro de 2021 às 09h48.

Última atualização em 14 de janeiro de 2021 às 18h50.

O governo francês pode bloquear uma proposta de aquisição do Carrefour pela operadora canadense de lojas de conveniência Alimentation Couche-Tard para proteger empregos e a cadeia de abastecimento alimentar da França, disse o ministro das finanças do país, Bruno Le Maire.

Em entrevista à emissora TV France 5 na noite desta quarta-feira, Le Maire expressou oposição ao negócio. "O que está em jogo aqui é a soberania alimentar do povo francês", afirmou. "A ideia de que o Carrefour possa ser comprado por um ator estrangeiro - em princípio, não sou a favor de tal movimento."

O Carrefour é o maior empregador do setor privado da França e, como outras grandes redes de supermercados, desempenha um papel importante na distribuição de alimentos, disse Le Maire. Em meio a dúvidas sobre a fusão, a ação do Carrefour recuava 5,56% na Bolsa de Paris, por volta das 8h (horário de Brasília).

Após anos de estagnação em seu negócio principal na França, o Carrefour tem buscado uma reviravolta sob o comando do CEO Alexandre Bompard. Ele tem cortado custos ao reduzir os hipermercados gigantes da empresa, que vendem de tudo, de produtos a roupas e utensílios domésticos, enquanto se expande em e-commerce e alimentos orgânicos.

Couche-Tard tem uma rede de mais de 9.000 lojas de conveniência na América do Norte, a maioria das quais também oferece venda de combustível, de acordo com seu site. A empresa também possuía cerca de 2.700 pontos na Europa em outubro do ano passado.

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