Fortuna do dono da Rede D’Or vai a US$4,4 bi após aporte
A fortuna de Jorge Moll, cardiologista bilionário que controla a Rede D’Or São Luiz, aumentou para US$ 4,4 bilhões após compra de participação pelo Carlyle
Da Redação
Publicado em 29 de abril de 2015 às 20h39.
A compra de uma participação minoritária na prestadora de assistência médica Rede D’Or São Luiz, com sede no Rio de Janeiro, pelo Carlyle Group LP, aumentou a fortuna de Jorge Moll, cardiologista bilionário que controla a empresa.
O Carlyle pagou cerca de R$ 1,75 bilhão (US$ 600 milhões) por uma participação de 8,3 por cento em transação anunciada no dia 27 de abril.
O aumento de capital avaliou a empresa em US$ 7,2 bilhões, de acordo com uma pessoa a par do assunto, que solicitou anonimato por tratar-se de uma transação privada.
Embora sua participação tenha se diluído, a família de Moll conserva o controle da empresa depois da transação, disse o Carlyle em um comunicado conjunto com a Rede D’Or e o acionista minoritário Grupo BTG Pactual SA. Após o acordo, a participação majoritária da família foi avaliada em aproximadamente US$ 4,4 bilhões.
Ela valia cerca de US$ 890 milhões em 2010 quando o BTG comprou uma participação de 25,6 por cento na empresa por R$ 600 milhões por meio de debêntures conversíveis locais, de acordo com a pessoa a par do assunto.
O BTG ficou com uma participação de 23,6 por cento depois da transação do Carlyle. Essa participação do BTG vale hoje cerca de R$ 4,97 bilhões, com ganho de R$ 4,4 bilhões para o banco.
Moll transformou o laboratório de diagnósticos de saúde que fundou em 1977 em uma das maiores operadoras de hospitais do Brasil, com 4.500 leitos em mais de 27 locais.
A empresa pretende investir R$ 1,5 bilhão em instalações novas e nas existentes em 2015.
“A parceria com o Carlyle se alinha à estratégia de longo prazo da empresa no mercado hospitalar brasileiro, o que nos permite acelerar nossos planos para elevar a qualidade do nosso mercado e expandir nossa presença em termos geográficos”, disse Moll em um comunicado enviado por e-mail.
Investimentos em hospitais
As empresas de private-equity estão buscando investimentos em hospitais depois que uma nova lei autorizou que essas instalações de assistência médica pertençam a estrangeiros na maior economia da América Latina.
O Brasil abriga dezenas de milhões de futuros pacientes que passaram para a classe média local quando a economia do país prosperava graças ao aumento dos mercados de commodities.
O sistema de saúde pública está tendo dificuldades para acompanhar o ritmo do crescimento da população, o que estimula investimentos em empresas privadas de saúde, disse Tracy Francis, consultora da McKinsey&Co. Inc., em entrevista concedida em fevereiro.
Carlyle e Rede D’Or não quiseram comentar sobre o valor da transação.
A compra de uma participação minoritária na prestadora de assistência médica Rede D’Or São Luiz, com sede no Rio de Janeiro, pelo Carlyle Group LP, aumentou a fortuna de Jorge Moll, cardiologista bilionário que controla a empresa.
O Carlyle pagou cerca de R$ 1,75 bilhão (US$ 600 milhões) por uma participação de 8,3 por cento em transação anunciada no dia 27 de abril.
O aumento de capital avaliou a empresa em US$ 7,2 bilhões, de acordo com uma pessoa a par do assunto, que solicitou anonimato por tratar-se de uma transação privada.
Embora sua participação tenha se diluído, a família de Moll conserva o controle da empresa depois da transação, disse o Carlyle em um comunicado conjunto com a Rede D’Or e o acionista minoritário Grupo BTG Pactual SA. Após o acordo, a participação majoritária da família foi avaliada em aproximadamente US$ 4,4 bilhões.
Ela valia cerca de US$ 890 milhões em 2010 quando o BTG comprou uma participação de 25,6 por cento na empresa por R$ 600 milhões por meio de debêntures conversíveis locais, de acordo com a pessoa a par do assunto.
O BTG ficou com uma participação de 23,6 por cento depois da transação do Carlyle. Essa participação do BTG vale hoje cerca de R$ 4,97 bilhões, com ganho de R$ 4,4 bilhões para o banco.
Moll transformou o laboratório de diagnósticos de saúde que fundou em 1977 em uma das maiores operadoras de hospitais do Brasil, com 4.500 leitos em mais de 27 locais.
A empresa pretende investir R$ 1,5 bilhão em instalações novas e nas existentes em 2015.
“A parceria com o Carlyle se alinha à estratégia de longo prazo da empresa no mercado hospitalar brasileiro, o que nos permite acelerar nossos planos para elevar a qualidade do nosso mercado e expandir nossa presença em termos geográficos”, disse Moll em um comunicado enviado por e-mail.
Investimentos em hospitais
As empresas de private-equity estão buscando investimentos em hospitais depois que uma nova lei autorizou que essas instalações de assistência médica pertençam a estrangeiros na maior economia da América Latina.
O Brasil abriga dezenas de milhões de futuros pacientes que passaram para a classe média local quando a economia do país prosperava graças ao aumento dos mercados de commodities.
O sistema de saúde pública está tendo dificuldades para acompanhar o ritmo do crescimento da população, o que estimula investimentos em empresas privadas de saúde, disse Tracy Francis, consultora da McKinsey&Co. Inc., em entrevista concedida em fevereiro.
Carlyle e Rede D’Or não quiseram comentar sobre o valor da transação.