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Fortescue espera completar projeto com Vale em breve

A Fortescue está otimista em relação à possibilidade de que seu projeto de mistura de minério de ferro com a Vale


	Trem da Vale: Vale e a Fortescue assinaram um acordo em março para combinar seus diferentes minérios
 (Divulgação/Vale)

Trem da Vale: Vale e a Fortescue assinaram um acordo em março para combinar seus diferentes minérios (Divulgação/Vale)

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Da Redação

Publicado em 27 de julho de 2016 às 19h38.

A Fortescue Metals Group está otimista em relação à possibilidade de que seu projeto de mistura de minério de ferro com a brasileira Vale, a maior exportadora de minério de ferro do mundo, esteja pronto em breve porque uma melhor demanda na China respalda a alta dos preços neste ano.

“Fizemos muitos trabalhos com testes de laboratório, que foram muito positivos, e agora estamos trabalhando em uma solução técnica e comercial”, disse o CEO da Fortescue, Nev Power, em entrevista à Bloomberg TV na quarta-feira.

“Esperamos ter um plano finalizado para isso em breve”.

A Vale e a Fortescue assinaram um acordo em março para combinar seus diferentes minérios, pacto que poderá aumentar a comercialização da produção de maior qualidade da produtora brasileira e elevar o valor do produto da mineradora australiana.

Os minérios misturados aumentariam a concorrência ao oferecer um produto rival para as ofertas das concorrentes Rio Tinto Group e BHP Billiton. Em maio, a Vale disse que continuava cautelosa em relação ao cronograma para levar produtos ao mercado.

Os preços de referência do minério de ferro deram um salto de 33 por cento neste ano e tiveram um rali após três declínios anuais consecutivos. Eles vêm sendo apoiados pela maior demanda por aço na China, impulsionada pelos setores imobiliário e de infraestrutura, disse a Fortescue, a quarta maior exportadora mundial, em um comunicado.

As ações da produtora avançaram 7 por cento, para 4,41 dólares australianos em Sidney, o nível mais alto desde 22 de agosto de 2014.

A Fortescue pretende reduzir os custos C1 para um mínimo de US$ 12 por tonelada úmida nos próximos 12 meses. A produtora poderia ter custos C1 mais baixos do que a Rio e a BHP, concorrentes de maior porte, se cumprir as metas e continuar melhorando a produtividade, escreveram analistas da Macquarie Securities (Australia), entre eles Hayden Bairstow, em Perth, em uma nota para clientes nesta quarta-feira.

“Hoje, estamos exatamente no fundo da curva de custos”, disse Power na entrevista. “Isso nos permite ter margens de fluxo de caixa muito sólidas mesmo com preços mais baixos para o minério de ferro”.

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