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Ford e GM esperam crescer em 2017 – mas bem pouco

Montadoras como Ford e General Motors, apesar de mais otimistas, estão cautelosas ao fazer previsões de vendas

Mustang: Ford anunciou que trará o esportivo para o Brasil, com encomendas a partir do 1º trimestre de 2017

Karin Salomão

Publicado em 8 de novembro de 2016 às 15h17.

São Paulo – O mercado automotivo , um dos que mais sofreu com a crise brasileira, deverá se recuperar em 2017. No entanto, a expectativa ainda não é motivo de festa. A retomada do crescimento deve ser lenta e gradual.

Montadoras como Ford e General Motors, apesar de mais otimistas, estão cautelosas ao fazer previsões de vendas.

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“Apesar da intensa recessão no Brasil, estamos otimistas que a mudança está chegando”, afirmou Lyle Watters, presidente da Ford para a América do Sul, no Salão do Automóvel. “Mas o crescimento em 2017 deverá ser modesto”, disse ele, sem precisar números.

Já a GM espera vender 2,4 milhões de unidades em 2017, contra uma projeção de 2,1 milhões de vendas esse ano.

A montadora está investindo R$ 13 bilhões entre 2014 e 2020. Esse valor será aplicado principalmente em produtos e tecnologias novas e não na ampliação de suas fábricas.

“Podemos fabricar muito mais do que estamos fazendo atualmente, por isso não iremos investir no ou no aumento de capacidade de sua produção”, informou o presidente da companhia no Brasil, Carlos Zarlenga.

A Ford seguirá a mesma estratégia, de desenvolvimento de produtos novos, mais sustentáveis e conectados.

Como sinal do seu otimismo – ainda que de modo comedido – a Ford anunciou que trará o Mustang para o Brasil. O esportivo importado poderá ser encomendado a partir do 1º trimestre do ano que vem, com entregas apenas em 2018.

Não há previsão para vendas, mas Watters informou que “as expectativas de vendas na Europa foram completamente superadas”.

Dificuldades para exportar

Outra semelhança entre as duas empresas é a dificuldade de exportar a produção brasileira para outros países, por falta de competitividade.

Para Zarlenga, da GM, a falta de infraestrutura, alta taxa tributária e mão de obra cara fazem com que o país perca espaço para mercados como o México. O custo de fabricar um carro no Brasil é duas vezes maior do que no México e ainda demora mais tempo, afirmou ele.

“Falta muita eficiência para exportar. Há muito ainda o que ser feito, em termos de infraestrutura e logística”, afirmou.

Para Watters, da Ford, o problema está em toda a América do Sul, não apenas no Brasil, “É um problema que precisamos resolver para toda a região”, afirmou.

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