Negócios

Ford do Brasil prevê desaceleração saudável das vendas

Após crescer quase 3,8% este ano para 3,65 milhões, a indústria deve crescer perto de 4% em 2012; entre 2006 e 2007 o crescimento foi de 28%

Apesar das projeções otimistas de crescimento, a Ford não vê necessidade de aumentar a capacidade produtiva além do já planejado (Getty Images)

Apesar das projeções otimistas de crescimento, a Ford não vê necessidade de aumentar a capacidade produtiva além do já planejado (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 24 de novembro de 2011 às 17h53.

São Paulo - A Ford Motor vê como saudável a desaceleração no crescimento das vendas de carros no Brasil, depois do avanço de dois dígitos nos últimos anos. Após crescer quase 3,8% este ano para 3,65 milhões, a indústria deve crescer perto de 4% em 2012, em linha com a expansão do Produto Interno Bruto, sustentada pelo amplo crédito, baixo desemprego e a ainda reduzida penetração no mercado, disse o presidente da Ford Brasil e Mercosul, Marcos de Oliveira.

Isso se compara ao crescimento de até 28% entre 2006 e 2007. Mesmo assim, sua previsão é muito mais otimista do que a concorrente General Motors (GM), cujo presidente da América do Sul, Jaime Ardila, estimou crescimento perto de 1% para o país, terminando 2012 com 3,7 milhões de veículos vendidos.

"Temos taxas de default baixas, níveis de dívida baixos, crédito disponível, um bom mercado de trabalho e baixa densidade de veículos, tudo isso permite a continuidade do crescimento", disse Oliveira aos jornalistas durante a reunião anual da Fenabrave.

Oliveira afirmou que, no Brasil, há praticamente um carro para cada seis pessoas, bem atrás da taxa da Europa ou dos Estados Unidos, que está perto de um veículo por pessoa. A relação é ainda mais baixa no Nordeste brasileiro, que está em rápido crescimento, onde há quase 13 pessoas por veículo. A Ford, com fábrica em Camaçari, na Bahia, está pronta para tirar vantagem desta perspectiva de crescimento, acrescentou o executivo.


Apesar das projeções otimistas de crescimento, a Ford não vê necessidade de aumentar a capacidade produtiva além do já planejado. Algumas montadoras, como as líderes de mercado Fiat SpA e Volkswagen AG, anunciaram planos de construir fábricas no País. Mas Oliveira disse que a expansão em curso na Ford deve ser suficiente para atender a demanda nos próximos cinco anos.

A companhia planeja investir R$ 4,5 bilhões em quatro anos para passar todos os veículos produzidos localmente para plataformas globais. A companhia também está estudando o lançamento de um novo modelo compacto, mas Oliveira disse que este projeto ainda está na fase de estudos e que não poderia dizer quando o carro chegará ao mercado. Empresas concorrentes planejam lançar seus novos compactos perto de 2014, mas Oliveira não quis comentar se a Ford terá seu novo veículo próximo dessa data. As informações são da Dow Jones.

Acompanhe tudo sobre:AutoindústriaEmpresasEmpresas americanasFordIndústriaIndústrias em geralMontadorasVendas

Mais de Negócios

Azeite a R$ 9, TV a R$ 550: a lógica dos descontaços do Magalu na Black Friday

20 frases inspiradoras de bilionários que vão mudar sua forma de pensar nos negócios

“Reputação é o que dizem quando você não está na sala”, reflete CEO da FSB Holding

EXAME vence premiação de melhor revista e mantém hegemonia no jornalismo econômico