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Finmeccanica vende ativos ferroviários à Hitachi

Com potencial acordo de 1,9 bilhão de euros, Hitachi ganhará uma base mais forte para competir com rivais como a alemã Siemens e a francesa Alstom


	Ferrovia: A estatal Finmeccanica vinha tentando vender seu deficitário negócio ferroviário há quase quatro anos
 (Marcos Issa/Bloomberg News)

Ferrovia: A estatal Finmeccanica vinha tentando vender seu deficitário negócio ferroviário há quase quatro anos (Marcos Issa/Bloomberg News)

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Da Redação

Publicado em 24 de fevereiro de 2015 às 10h44.

Milão - O conglomerado italiano Finmeccanica acertou a venda de seus ativos ferroviários à japonesa Hitachi num potencial acordo de 1,9 bilhão de euros (2,15 bilhões de dólares) que cortará sua dívida em 15 por cento e ajudará a companhia a se reorientar para as áreas aeroespacial e de defesa.

A Hitachi, enquanto isso, ganhará uma base mais forte na Europa para competir com rivais maiores como a alemã Siemens e a francesa Alstom, sendo que já realocou sua divisão ferroviária para Londres no ano passado.

A estatal Finmeccanica vinha tentando vender seu deficitário negócio ferroviário AnsaldoBreda e uma fatia controladora na companhia de sinalização ferroviária Ansaldo STS há quase quatro anos.

No entanto, escândalos de corrupção e interferências políticas atrasaram o processo, levando agências de classificação de risco a rebaixar os 4,1 bilhões de euros em dívidas do grupo italiano para grau especulativo, aumentando seus custos de financiamento e prejudicando sua competitividade internacional.

O acordo com a Hitachi, que segundo a Finmeccanica cortará sua dívida em 600 milhões de euros, deve aumentar a confiança de investidores na capacidade do presidente-executivo Mauro Moretti de entregar resultados em seu plano de negócios.

Moretti foi escolhido no ano passado pelo primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, para liderar a recuperação da companhia.

O plano, apresentado para investidores em janeiro, visa cortar a dívida líquida da empresa para menos de 3,5 bilhões de euros até 2017, com a ajuda da saída de projetos não lucrativos e uma possível venda de seu negócios nos Estados Unidos DRS Technologies.

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