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Filhos de ex-presidente panamenho negam suborno da Odebrecht

No Panamá, o grupo teria pago entre 2010 e 2014 mais de 59 milhões de dólares em subornos, para fechar contratos totalizando 175 milhões de dólares

Odebrecht: a empreiteira pagou subornos em nove países latino-americanos para obter contratos (Vanderlei Almeida/AFP)

Odebrecht: a empreiteira pagou subornos em nove países latino-americanos para obter contratos (Vanderlei Almeida/AFP)

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AFP

Publicado em 26 de dezembro de 2016 às 21h29.

Os filhos do ex-presidente do Panamá Ricardo Martinelli negaram nesta segunda-feira ter recebido seis milhões de dólares para que seu pai favorecesse a Odebrecht em contratos para obras no país, como afirma a imprensa local.

"Rejeitamos o início de campanhas midiáticas que buscam, sem fundamento, nos envolver em um suposto suborno de 6 milhões de dólares", afirmam em um comunicado Ricardo e Luis Enrique Martinelli Linares.

Os dois são filhos do ex-presidente Ricardo Martinelli (2009-2014), que vive em Miami e é procurado no Panamá por espionagem e corrupção.

O comunicado foi publicado no Twitter de Martinelli, que confirmou à AFP sua autenticidade.

https://twitter.com/rmartinelli/status/813482860950720512

"Nos reservamos o direito de levar às instâncias jurídicas os responsáveis por estas campanhas midiáticas" porque "não podemos permitir que interesses particulares manchem nossa honra".

O jornal La Prensa, citando o Estado de São Paulo, informou na semana passada que o executivo da Odebrecht Luiz Eduardo Soares disse a procuradores brasileiros que foram pagas comissões "a dois filhos do então presidente panamenho Ricardo Martinelli"

Recentemente, o departamento de Justiça dos Estados Unidos revelou que a Odebrecht pagou subornos em nove países latino-americanos para obter contratos.

No Panamá, o grupo teria pago entre 2010 e 2014 mais de 59 milhões de dólares em subornos, para fechar contratos totalizando 175 milhões de dólares.

Os filhos de Martinelli assinalam que apoiam as investigações sobre o caso, mas esperam que a procuradoria do Panamá "aja em razão da busca da verdade" e não "por qualquer motivação alheia a este propósito".

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