Viveiro da Suzano Papel e Celulose: o desaquecimento na China e na Europa, os dois principais mercados para a celulose, está derrubando a demanda pelo produto (Lia Lubambo/EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 19 de junho de 2012 às 10h08.
São Paulo - A Fibria Celulose SA e a Suzano Papel & Celulose SA sofreram cortes maiores do que qualquer outra empresa brasileira em suas estimativas de resultados. As reduções vieram depois que o setor inaugurou fábricas ao mesmo tempo em que a demanda externa se enfraqueceu.
Nos últimos três meses, analistas mais que dobraram as previsões para o prejuízo da Fibria no segundo trimestre, para R$ 1,14 por ação, e elevaram em mais de seis vezes as estimativas para as perdas da Suzano, para R$ 0,30 por ação, segundo dados compilados pela Bloomberg.
O desaquecimento na China e na Europa, os dois principais mercados para a celulose, está derrubando a demanda pelo produto, enquanto novas fábricas começaram a operar em várias regiões, do Uruguai à Rússia. A Fibria e a Suzano pretendem levantar um total de US$ 1,5 bilhão com emissões de ações neste trimestre para reduzir suas dívidas. O Goldman Sachs Group Inc. prevê que o preço médio da celulose vá cair 5 por cento este ano.
“Na ponta da demanda, o cenário não é muito animador já que as exportações do Brasil caíram e não há sinais concretos de recuperação na Europa”, disse Daniella Maia, analista de renda variável da Ativa Corretora, em entrevista por telefone, do Rio de Janeiro. A analista tem recomendação de manutenção para as duas ações. “O outlook é negativo para os preços da celulose neste ano e no próximo.”