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Fiat Chrysler e dona da Peugeot conversam sobre possível fusão

A combinação das montadoras enfrentaria obstáculos com governos; no início deste ano, a Fiat abordou uma fusão com a Renault, mas ideia fracassou

Fiat e Peugeot: montadoras estariam analisando fusão (Eric Gaillard/Reuters - Krisztian Bocsi/Bloomberg/Exame)

Fiat e Peugeot: montadoras estariam analisando fusão (Eric Gaillard/Reuters - Krisztian Bocsi/Bloomberg/Exame)

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Reuters

Publicado em 29 de outubro de 2019 às 18h36.

Última atualização em 30 de outubro de 2019 às 10h10.

A Fiat Chrysler e a PSA, dona da Peugeot, estão negociando um acordo que poderia criar uma montadora de 50 bilhões de dólares.

No início deste ano, a Fiat Chrysler abordou uma fusão com a montadora francesa Renault, que fracassou.

Uma combinação de Fiat Chrysler e Peugeot enfrentaria obstáculos. Os governos da França e da China detêm 12% da Peugeot, assim como membros da família fundadora da Peugeot. John Elkann, presidente da Fiat Chrysler e outros membros da família Agnelli, controlam 29% da Fiat Chrysler.

Os investidores especulam há vários anos que a Fiat Chrysler está à procura de um parceiro de fusão, encorajada pela retórica do falecido presidente-executivo da empresa, Sergio Marchionne. Em 2015, Marchionne descreveu o caso da consolidação da indústria automotiva e tentou, sem sucesso, envolver a General Motors em um acordo.

A Peugeot e a Fiat Chrysler discutiram uma combinação no início deste ano, antes que a Fiat Chrysler propusesse uma fusão de 35 bilhões de dólares com a Renault. Naquela época, a Fiat Chrysler disse que um acordo com a Renault oferecia mais vantagens do que uma combinação com a Peugeot.

Elkann interrompeu as negociações com a Renault em junho, depois que autoridades do governo francês intervieram, e pressionou a Renault a resolver primeiro as tensões com sua parceira japonesa, a Nissan.

Após o colapso do plano de fusão da Renault, Mike Manley, presidente da Fiat Chrysler, deixou porta aberta para conversas com possíveis parceiros. Mas ele disse que a montadora ítalo-americana poderia fazer tudo sozinha, apesar dos custos crescentes para desenvolver veículos elétricos e cumprir as regras mais rígidas de emissões na Europa, EUA e China.

Carlos Tavares, presidente da Peugeot, descartou a ideia de uma combinação com a Fiat Chrysler durante uma discussão com repórteres no salão do automóvel de Frankfurt no mês passado.

"Não precisamos disso", disse Tavares quando perguntado se ele ainda estava interessado em um acordo com a Fiat Chrysler.

A Fiat Chrysler já tem uma parceria de veículos comerciais com a Peugeot.

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