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Fiat Chrysler é acusada de forjar números de vendas nos EUA

Denúncia de concessionárias afirma que gerentes eram pagos para alterar relatórios mensais. Com isso, a Fiat Chrysler pode entrar numa grande polêmica nos EUA


	Fiat 500: o compacto é um dos modelos vendidos pela FCA nos Estados Unidos
 (Divulgação/Fiat)

Fiat 500: o compacto é um dos modelos vendidos pela FCA nos Estados Unidos (Divulgação/Fiat)

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Da Redação

Publicado em 17 de janeiro de 2016 às 12h28.

A Fiat Chrysler Automobiles (FCA) pode se envolver em uma grande polêmica nos Estados Unidos. Tudo porque duas revendas de Chicago abriram um processo criminal contra a empresa, acusando-a de oferecer dinheiro a concessionárias para declarar veículos que não foram vendidos como se tivessem sido comercializados.

Segundo informações da agência de notícias Automotive News, as revendas afirmam que a FCA pretendia inflacionar seus números de vendas mensais nos Estados Unidos. No processo, a acusação diz que os responsáveis pelas lojas eram aconselhados a falsificar o relatório de vendas do último dia útil do mês, corrigindo os números no dia útil seguinte, “antes que a garantia de fábrica dos veículos (supostamente vendidos, neste caso) entrasse em vigor”.

Funcionários da FCA não apenas estariam cientes desta prática como premiavam os gerentes locais por atingirem as metas de vendas – mesmo sabendo que isso só acontecera de forma ilegal. O processo ainda diz que a prática foi adotada “para criar a impressão de que o desempenho de vendas da FCA seria melhor do que realmente é”. Até agora, a FCA afirma ter obtido lucro em 69 meses consecutivos desde a recuperação do estado de falência do antigo grupo Chrysler. Este resultado, aliás, seria o melhor já registrado por uma fabricante de automóveis nos Estados Unidos. O recorde mundial atual é o da Audi, com seus 74 meses consecutivos.

A FCA, por sua vez, repudiou a atitude dos “concessionários insatisfeitos” e disse que realizou investigações internas antes mesmo da abertura do processo contra a montadora. “Concluímos que estas acusações são infundadas, e as revendas inclusive foram notificadas sobre o resultado das investigações antes mesmo do processo ser aberto”.

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