São Paulo – A Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), controlada pela Vale, anunciou nesta quinta-feira (25) um acordo com a Copersucar, maior empresa brasileira do comércio de açúcar e etanol. O contrato prevê o transporte anual de 3 milhões de toneladas de açúcar e granel das regiões produtoras do interior de São Paulo até o porto de Santos.

A Copersucar prevê a movimentação de 2,5 milhões de toneladas de açúcar por ferrovia já na safra 2011/12, o que representará redução de 70 mil viagens rodoviárias (por caminhão) a cada safra. "Nos últimos três anos, a FCA, cuja malha atende grandes áreas produtoras – principalmente o interior de São Paulo e o Triângulo Mineiro –, registrou aumento anual de 35% no transporte de açúcar", afirmou o diretor-presidente da FCA, Marcello Spinelli.

“O projeto é parte do plano estratégico da Copersucar, que prevê o investimento total de 1,5 bilhão de reais em logística, ponto-chave na estratégia de comercialização da empresa, que tem como um de seus diferenciais a integração de todas as fases da cadeia do açúcar e do etanol”, afirmou, em comunicado, Paulo Roberto de Souza, presidente da Copersucar.

Do total, a Copersucar investiu cerca de 25 milhões de reais na aquisição e em obras de ampliação do Terminal Multimodal de Ribeirão Preto, no interior paulista, como a construção de um novo silo que elevará, a partir de dezembro, a capacidade estática de armazenagem para 70 mil toneladas de açúcar.

O projeto inclui ainda a construção de um anel ferroviário, que permitirá o carregamento de composições ferroviárias completas de maneira rápida e eficiente. Na linha da FCA serão instalados dois terminais concentradores de carga, onde será realizado o transbordo do açúcar do modal rodoviário para o ferroviário, com investimentos de 20 milhões de reais em cada um, até 2012.

Para reduzir o tempo do transporta de uma hora para dez minutos, a empresa destinará 60 milhões de reais para a reforma de 500 vagões tipo Hopper, de alto desempenho. O projeto contempla ainda estudos para investimentos futuros na aquisição e reforma de outros vagões para atender à expansão da demanda.