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Empresa alcança faturamento milionário fazendo reformas sem dor de cabeça

Especializado em soluções integradas para franquias, o Grupo Miami gerencia obras à distância em todo o Brasil e planeja fechar o ano com um faturamento de R$ 10 milhões

Time do Grupo Miami: reformas de lojas e quiosques, que antes levavam quase dois meses, podem ser feitas agora em até dez dias (Grupo Miami/Divulgação)
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Publicado em 6 de junho de 2022 às 09h00.

Última atualização em 6 de junho de 2022 às 11h24.

Seja em casa, seja no apartamento, seja em ponto comercial, reforma é sempre sinônimo de dor de cabeça. Mas nem sempre é preciso ser assim. É o que pensavam os empreendedores Matheus Gomes e Guilherme Testoni ao fundarem o Grupo Miami, que planeja, gerencia e executa obras com orçamento fechado e no prazo, sem que o cliente precise se preocupar com nada.

A ideia de criar um serviço de obras e reformas turn-key (quando o cliente entrega a chave nas mãos da empresa e recebe de volta já com tudo pronto, por um valor fechado e com garantia de todos os serviços) surgiu ainda antes da pandemia, em 2019, quando a dupla de engenheiros trabalhava junto em uma multinacional, gerenciando uma equipe de profissionais de reparos. Nessa função, perceberam uma oportunidade: aprimorando o próprio método de trabalho que já usavam, poderiam gerenciar até mesmo obras completas. Nascia ali um novo negócio.

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O primeiro cliente dos engenheiros foi uma aceleradora de franquias, o que acabou por direcionar o negócio para esse mercado.

Obras entregues em tempo recorde

E o método desenvolvido por eles logo se provou muito eficiente: obras de reforma de lojas e quiosques que levavam quase dois meses para ficarem prontas, hoje podem ser feitas em até dez dias. E o cliente ainda tem a possibilidade de acompanhar todo o processo à distância, sem se sujar, graças às câmeras que transmitem tudo em tempo real.

“Esse ganho de eficiência é possível porque, pela nossa experiência, nós conseguimos planejar toda a obra minuciosamente, prevendo cada imprevisto e mitigando todas as possíveis surpresas que podem aparecer no caminho”, conta o sócio Matheus Gomes, explicando que os projetos-padrão das franquias também ajudam a dar previsibilidade ao processo. “Lidar com esses pepinos de obra é a nossa expertise, então conseguimos resolver tudo mais rapidamente, gastando menos e de maneira mais tranquila do que o cliente conseguiria.”

Modelo de negócios

De obra em obra, o negócio foi dando certo e hoje, com pouco mais de dois anos de operação, o Grupo Miami já tem mais de 30 funcionários no escritório da empresa, em Joinville, e toca centenas de obras à distância por todo o Brasil – até mesmo em Boa Vista, Roraima, no extremo norte do país, a mais distante já gerenciada pelo escritório.

O faturamento chegou à casa dos R$ 8 milhões e a expectativa é fechar este ano já na casa dos dois dígitos de milhões.

Para tornar esse modelo possível, os sócios e seu time de engenheiros viajaram o Brasil para conhecer e certificar os seus mais de 600 “times de campo”, que de fato tocam a obra sob a batuta do Grupo Miami.

“Grupo”, aliás, porque também foi necessário criar outras empresas para garantir a melhor experiência possível aos clientes. É o caso da Inaugura Get Started, empresa responsável por apoiar os franqueados no processo de projeto e implantação de lojas e da M1 Investing, uma plataforma de investimentos em franquias e captação de recursos para abertura de lojas próprias.

“Não somos uma empresa de arquitetura nem de engenharia e também não somos uma construtora. Ficamos nesse “limbo”. Então tivemos de desenvolver tudo o que fazemos do zero”, explica Testoni. “Isso nos deu também a oportunidade de ir agregando outros serviços para tornar a experiência do franqueado mais fácil e positiva, sem todos os perrengues entre a assinatura do contrato e a abertura da loja.”

Um grupo em expansão

Atualmente, 95% das obras tocadas pelo Grupo Miami são comerciais – o restante é residencial. Atender mais pessoas físicas está nos planos do empreendimento, mas não agora. A dupla de empreendedores rejeita o título de “Uber das reformas”, mas se inspira na trajetória do gigante americano ao planejar seus próximos passos.

“Como os projetos residenciais são diferentes entre si e, portanto, mais complexos, sentimos que tanto nós quanto o mercado precisamos de um pouco mais de maturação para que tudo dê certo”, explica Gomes. “É como a Uber, que começou atendendo um nicho muito específico de mercado e depois, com experiência e maturidade, expandiu para um público maior.”

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