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Faturamento do setor de;telecomunicações;se aproxima;dos R$;100 bi

Enquanto as operadoras de telefonia fixa confirmam a estagnação em número de usuários, as empresas de telefonia celular absorvem fortes reduções na margem de ganho, em nome da conquista de mais espaço no mercado

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.

O setor de telecomunicações totalizou, em 2004, um faturamento bruto de 99 bilhões de reais, com crescimento de 41,6% em número de usuários, o que representa a atração de, aproximadamente, mais 23 milhões de clientes. "Para 2005, projetamos um crescimento de 35%, cerca de 19 milhões de novos usuários", afirma Eduardo Tude, diretor-presidente da Teleco, empresa de pesquisa e consolidação de informações sobre telecomunicações.

Segundo levantamento da Teleco, a telefonia fixa consolidou a estagnação dos últimos quatro anos em número de acessos em serviço, mantendo-se no patamar dos 35 milhões. (Leia reportagem de EXAMEsobre a batalha judicial das operadoras em torno da cobrança de assinatura mensal.) O faturamento cresceu 10% em relação a 2003, chegando a 64 bilhões de reais (veja histórico e detalhes na tabela abaixo).

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Celulares

O número de celulares fabricados no país totalizou 42 milhões de unidades, das quais 10 milhões foram exportadas; 10 milhões vendidas no mercado interno para antigos usuários que queriam substituir seus aparelhos e o restante foi para novos usuários. Atualmente, há no país 26 fornecedores de aparelhos (leia reportagem de EXAMEsobre a atração que o mercado brasileiro está exercendo sobre fabricantes globais).

Os técnicos da Teleco estimam que o Brasil deve tornar-se um mercado maduro em quatro a oito anos, dependendo especialmente daexpansão da rendadas classes D e E. O ritmo de crescimento do número de usuários ativos em mercados maduros é de 15% a 20%, segundo os analistas.

Rentabilidade

Apesar de crescimento de 25% na receita bruta, para 35 bilhões, as operadoras de telefonia celular sofreram fortes reduções na margem Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização). Das operadoras, apenas a TIM (146ª no ranking de Melhores & Maiores 2004) conseguiu elevar a margem de cerca de 10% para 15%, depois de dois anos em que despencou dos 37% registrados em 2001. A maior queda verificada foi a da Claro, de 26% em 2003 para 0,3% no ano passado. "É como numa corrida armamentista", diz Tude. "As promoções, o subsídio de aparelhos, o gasto com propaganda para fixar a marca, tudo isso é uma aposta pesada para fisgar os melhores clientes."

José Luis de Souza, diretor da Teleco, concorda. " Market share baixo assusta mais a direção da empresa, preocupada com a prestação de contas perante os acionistas, do que margens baixas", afirma. Para 2005, porém, a projeção da empresa é que as operadoras recuperem margem, tendo consumado os pesados gastos em marketing.

Receita bruta de telecomunicações no Brasil
Ano Faturamento (R$ bi)
Fixa
Celular
Total
2000
37
17
54
2001
46
19
65
2002
52
22
74
2003
58
28
86
2004
64
35
99
Participação de mercado Telefonia fixa
(%)
Operadora
Terminais
Receita
BrT
25
20
Telemar
39
31
Telefonica
31
29
Embratel
-
15
Participação de mercado Telefonia celular
(%)
Operadora
Terminais
Receita
Vivo
40,46
42,2
Claro
20,75
18,2
TIM
20,73
23,3
Oi
10,36
8,6
Fonte: Anatel e Operadoras, elaboração Teleco
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