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Fasano vai abrir em NY seu primeiro hotel fora da América do Sul

Segundo o grupo JHSF, dono da rede, escolha por NY é para mostrar que está na briga pelo mercado de altíssima renda

Fasano: em Nova York, hotel ficará na quinta avenida, com vista para o Central Park (Hotel Fasano/Divulgação)

Fasano: em Nova York, hotel ficará na quinta avenida, com vista para o Central Park (Hotel Fasano/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 19 de fevereiro de 2020 às 12h58.

O luxo à brasileira está prestes a desembarcar em Nova York. Na 5.ª Avenida, com vista para o Central Park, a JHSF vai abrir o primeiro hotel Fasano fora da América do Sul. O empreendimento terá apenas sete unidades hoteleiras, além de apartamentos com acesso a serviços exclusivos.

Não muito longe, na Park Avenue, um dos epicentros corporativos da cidade, um imóvel de 2 mil m² receberá o primeiro restaurante da marca - projeto supervisionado pessoalmente por Rogério Fasano. E o grupo especializado em luxo garante que este é apenas o primeiro sinal de suas ambições internacionais.

A escolha de Nova York, segundo José Auriemo Neto, presidente do conselho da JHSF, é uma espécie de recado para a concorrência: o objetivo é brigar nos principais mercados globais para a altíssima renda. "Estrear a estratégia internacional em Nova York tem uma simbologia importante", diz Auriemo Neto.

Segundo o presidente do grupo, Thiago Alonso de Oliveira, a ideia é preparar o terreno para a chegada do Fasano a capitais europeias como Londres, Paris, Milão e Lisboa - todas com tradição no segmento de luxo. Nos EUA, os mercados em potencial são Miami e Los Angeles. "E é claro que, em todos os casos, vamos estar em localizações privilegiadas, como em Nova York", diz o executivo.

O Hotel Fasano de Nova York vai ter um conceito diferente dos projetos do Brasil e da unidade de Punta del Este, no Uruguai. Serão sete quartos de hotel, que só poderão ser reservados pelos clientes que fizerem parte de um "clube" do Fasano. Haverá ainda três apartamentos de 330 m² a serem comercializados no regime de copropriedade, com cotas de 30 dias por ano. Por fim, haverá duas unidades residenciais. Todos terão acesso a serviços como serviço de quarto 24 horas. O lobby servirá refeições o dia todo. O projeto, que está concluído, já vendeu mais de 50% das cotas, de acordo com a JHSF.

Já o restaurante Fasano será voltado para o mercado corporativo. O objetivo é que ele seja visto como uma espécie de "ponto de encontro" para executivos. O projeto do arquiteto Isay Weinfeld será modular. Assim, além do salão que servirá de café da manhã a jantar ao público geral, o espaço poderá comportar diferentes tipos de eventos de empresas. A inauguração será ainda no primeiro semestre.

Para Auriemo Neto, embora ainda seja mais conhecida pelos brasileiros, a marca Fasano já atrai a clientela internacional. "Existe um público grande de pessoas dos Estados Unidos, da Europa e da Ásia que já se hospedaram nos nossos empreendimentos no Brasil", completa Oliveira. "Eu diria que, entre 35% e 40% do público de negócios já conhece os produtos do Fasano."

Apesar da aposta internacional, a rede de hotéis continuará a crescer no Brasil. Estão previstas por aqui mais três inaugurações até 2022: duas em São Paulo - no Itaim e na expansão do complexo do Cidade Jardim - e uma em Trancoso, na Bahia. Esses três empreendimentos vão adicionar mais 197 quartos à oferta da rede.

Projetos

O segmento de incorporação da JHSF também tem dois grandes projetos em andamento. Uma é o Boa Vista Village, que será desenvolvido em terreno contíguo à Fazenda Boa Vista e que tem valor geral de venda estimado em R$ 4,5 bilhões. O projeto incluirá ainda um centro comercial e um espaço para family offices. Além disso, a expansão do complexo do Cidade Jardim também vai aproveitar para reforçar a presença da marca Fasano não só com o hotel, mas também com um projeto residencial e um clube exclusivo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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