Executivos contam os segredos das Melhores e Maiores empresas do país
A 45ª edição do prêmio de EXAME reuniu as companhias que conseguiram apresentar bons resultados na saída da recessão
Anderson Figo
Publicado em 14 de agosto de 2018 às 19h14.
Última atualização em 21 de agosto de 2018 às 11h38.
São Paulo — Na última segunda-feira (13), as empresas que mais se destacaram em 20 setores da economia em 2017 foram premiadas por EXAME. As companhias foram analisadas pela Fipecafi, fundação ligada à Universidade de São Paulo, para a edição especial Melhores e Maiores .
A publicação traz as companhias que conseguiram apresentar bons resultadosna saída da recessão, além de um ranking das 500 maiores empresas do país. A edição Melhores e Maiores de EXAME estará nas bancas, no site EXAME e no aplicativo EXAME na próxima quinta-feira (16).
Em entrevista em vídeo ao site EXAME, os presidentes e CEOs das Melhores e Maiores companhias do país em 2017 contam quais foram os diferenciais para o bom desempenho no período e quais são as perspectivas para os próximos anos. Confira abaixo.
O presidente da Vale, Fabio Schvartsman, ressaltou a melhora na governança da empresa, com a entrada para o Novo Mercado em 2017. Segundo o executivo, também é preciso ficar de olho na guerra comercial entre EUA e China.
O presidente das Lojas Renner, José Galló, enfatizou que "quem tem uma proposta de valor diferenciada se sai melhor" em anos desafiadores.
O presidente da Copersucar, Paulo Roberto de Souza, disse que o setor do agronegócio tem sido a locomotiva do país nos últimos anos. "O mundo demanda os produtos agrícolas brasileiros."
O presidente da BR Petrobras Distribuidora, Ivan de Sá, afirmou que a empresa tem intensificado sua aproximação com os clientes e tem buscado otimizar sua operação com uma estrutura mais ágil e competitiva.
O presidente da Mahle Metal Leve, Sergio Pancini de Sá, ressaltou o modelo de negócios da companhia, com uma divisão "quase igualitária" entre exportação after market e mercado original, o mercado automotivo.
O presidente da Klabin, Cristiano Cardoso Teixeira, disse que o portfólio de produtos da companhia "garante uma resiliência ímpar para a Klabin". Ele aposta em um período de reformas para o próximo ano e disse estar otimista para o futuro.
O presidente da Dataprev, André Leandro Magalhães, ressaltou que a crise é um período de oportunidade para as empresas. "A Dataprev se colocou o desafio de entregar mais e com mais tecnologia, independentemente das adversidades."
O presidente da Notredame Intermédica, Irlau Machado Filho, disse que o diferencial da companhia é o preço acessível. "Nós somos donos da maior parte da nossa cadeia de valor, o que nos permite cobrar um preço justo e acessível por um bom serviço de saúde."
O presidente da Cedae, Jorge Luiz Ferreira Briard, afirmou que a empresa buscou uma gestão mais profissionalizada, com maior governança e transparência, permitindo que a companhia conseguisse junto ao mercado financeiro mais recursos para investir na operação.
O sócio-diretor da Focus Energia, Alan Zelazo, destacou a queda no consumo de energia em 2017 e o mecanismo criado pelo governo para que as distribuidoras pudessem sair de seus contratos de compra. "A Focus percebeu isso como grande possibilidade de negócio."
O CFO da Vivo, David Melcon, que recebeu prêmio de melhor empresa do setor de telecomunicações pela subsidiária TData, disse que os investimentos em tecnologias certas e a grande quantidade de clientes ajudaram a empresa no ano passado.
O presidente da MRV Engenharia, Eduardo Fischer, afirmou que "realmente foi um ano muito complicado para o setor imobiliário", mas que há uma demanda forte pela habitação de baixa renda. "É uma demanda em um ritmo maior do que se produz unidades."
João Paulo Ferreira, presidente da Natura, credita o bom desempenho da empresa à modernização de seu modelo de vendas, o lançamento de novos produtos e a mobilização da equipe para a sustentabilidade do negócio.
O presidente do conselho diretor da Cristália, Ogari de Castro Pacheco, diz que a empresa apostou na "tese da contramão", deixando de apostar nos genéricos para focar nos remédios para nichos.
O presidente da Calçados Beira Rio, Roberto Argenta, afirmou que o diferencial da empresa para o bom desempenho em 2017 foi a formação de pessoas e o trabalho mais intenso na América do Sul, América Central e México.
O presidente da Usiminas, Sergio Leite de Andrade, enfatizou o trabalho em equipe, "dentro de um programa estruturado, com mobilização de todos". Ele espera que em 2019 o Brasil volte a crescer e comentou sobre os recentes acidentes ocorridos em plantas da companhia.
O CEO da Oxiteno Nordeste, João Benjamin Parolin, disse que o maior volume de investimentos e o aumento das exportações ajudaram a companhia a ter um bom desempenho no ano passado.
O presidente da Multilaser, Renato Feder, destacou a escolha de produtos acertada e o fato de a companhia ter trazido para seu "time" pessoas muito qualificadas.
O presidente da MRS, Guilherme Segalla de Mello, disse que a empresa conseguiu trabalhar com muita "criatividade", com novos modais para a rede ferroviária. "Nós continuamos preparando a empresa para um cenário de crescimento moderado em 2018 e 2019. Vamos manter a liderança no escoamento de minério para exportação."