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Ex-secretário da Fifa nega propina de presidente do PSG

Jerome Valcke é acusado de receber dinheiro de Nasser Al-Khelaïfi, para adquirir os direitos de transmissão de duas edições da Copa do Mundo

Segundo Valcke, o caso investigado "não corresponde à realidade", pois "nunca" trocou nada com Al-Khelaïfi (Jacky Naegelen/Reuters)

Segundo Valcke, o caso investigado "não corresponde à realidade", pois "nunca" trocou nada com Al-Khelaïfi (Jacky Naegelen/Reuters)

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EFE

Publicado em 13 de outubro de 2017 às 10h13.

Paris - O ex-secretário-geral da Fifa, Jerome Valcke, negou ter recebido propinas do presidente do Paris Saint-Germain e responsável pela emissora de TV Bein Sports, Nasser Al-Khelaïfi, para adquirir os direitos de transmissão de duas edições da Copa do Mundo.

"Existe um processo onde sou acusado de ter me beneficiado, especialmente da parte de Al-Khelaïfi, para conceder os direitos de transmissão abaixo do valor de mercado no Oriente Médio. Quero simplesmente dizer que não é verdade. Nunca recebi nada em recompensa de outra coisa", se defendeu Valcke, em uma entrevista publicada nesta sexta-feira pelo jornal francês "L'Équipe".

As declarações do ex-dirigente da Fifa, suspenso por 10 anos pelo seu suposto envolvimento na venda de ingressos para os Mundiais acima do preço oficial, acontecem no dia seguinte da operação realizada na sede parisiense da Bein Sports, dirigida por Al-Khelaïfi.

Segundo Valcke, o caso investigado "não corresponde à realidade", pois "nunca" trocou nada com Al-Khelaïfi.

As operações do Ministério Público francês aconteceram ontem, em coordenação com seus colegas suíços, que comunicaram a abertura de processos criminais contra o presidente do PSG, Jerome Valcke e uma terceira pessoa.

Al-Khelaïfi e Valcke estão sendo investigados por corrupção, gestão desleal e fraude, junto a um "homem de negócios ativos na área dos direitos esportivos", segundo a Promotoria suíça.

No caso de Valcke, que já foi suspenso pela Comissão de Ética da Fifa por corrupção, a justiça suíça suspeita que ele tenha recebido propina do empresário que não teve seu nome divulgado para conceder os direitos televisivos em vários países dos Mundiais de 2018, 2022, 2026 e 2030.

Já sobre Nasser Al-Khelaïfi, que além de comandar a emissora catariana Bein Media, preside o PSG, a investigação se concentra na atribuição da retransmissão das Copas de 2026 e 2030.

Além do PSG, e da Bein Sports, Al-Khelaïfi preside a federação de tênis do Catar, o fundo de investimento dono do PSG, QSI, ocupa a vice-presidência da Federação de tênis asiático e é ministro sem área de responsabilidade específica no emirado do Catar.

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