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Even prioriza projetos imobiliários de menor porte

O ajuste nos rumos dos negócios deverá ajudar a companhia a atingir sua meta de lançamentos em 2012 e acelerar a velocidade das vendas


	Eve: no último trimestre, os projetos apresentaram em média 171 unidades
 (ANTONIO MILENA/EXAME.com)

Eve: no último trimestre, os projetos apresentaram em média 171 unidades (ANTONIO MILENA/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 25 de setembro de 2012 às 23h17.

São Paulo - A Even Construtora e Incorporadora passou a priorizar o lançamento de projetos imobiliários de menor porte, cujo processo de aprovação junto aos órgãos públicos é mais rápido. O ajuste nos rumos dos negócios deverá ajudar a companhia a atingir sua meta de lançamentos em 2012 e acelerar a velocidade das vendas. “

Estamos procurando nos concentrar em empreendimentos não tão grandes”, disse o diretor financeiro e de Relações com Investidores, Dany Muszkat, em entrevista para a Agência Estado. "Mas teremos de tudo", completou, referindo-se a projetos de portes maiores. A projeção (guidance) de lançamentos da Even neste ano é de R$ 2,5 bilhões em valor geral de vendas (VGV, valor esperado com venda das unidades). No entanto, até o fim do primeiro semestre, a companhia havia cumprido apenas 28% da meta, afetada por demoras para obtenção de licenças. “Nós temos uma série de produtos para lançar e sentimos que há demanda”, afirmou Muszkat. “

O que vai ditar (os lançamentos) é o ritmo das aprovações, que já está se normalizando”. Para atingir o resultado esperado, a incorporadora planeja lançar no mercado cerca de 20 novos projetos neste semestre, sendo a maioria no último trimestre. O VGV médio dos empreendimentos é estimado em R$ 80 milhões, com foco no lançamento de prédios menores, com cerca de 100 apartamentos.


No último trimestre, os projetos apresentaram em média 171 unidades. Essa estratégia foi adotada porque, quanto menor o prédio e seu número de moradores e veículos, menor a quantidade de exigências do poder público para aprovação do projeto, como obras viárias e compensações ambientais, facilitando o licenciamento, explicou Muszkat. O executivo acredita também que os empreendimentos mais enxutos deverão apresentar uma velocidade de vendas relativamente maior, já que terão menos unidades para ser vendidas.

Outro fator está no preço das unidades. "O cliente está mais seletivo. E quanto maior o tíquete (valor) da unidade, mais ele demora para fechar o negócio", afirmou, ponderando que acredita na continuidade de uma demanda consistente nas regiões metropolitanas onde a incorporadora atua - São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre. "Os centros urbanos estão crescendo e a demanda vai continuar. Se as empresas fizerem lançamentos de forma prudente, vão encontrar mercado", disse, referindo-se ao planejamento cuidadoso do orçamento e da adequação dos imóveis aos seus potenciais compradores.

Já em relação aos prédios comerciais, que representaram cerca de 15% dos lançamentos da Even no primeiro semestre, Muszkat afirmou que não há previsão sobre a participação desses projetos no total dos lançamentos futuros. Segundo ele, os prédios comerciais não são prioridade, e a companhia só atua no setor quando aparecem "oportunidades vantajosas", com terrenos bem localizados e propícios a esse tipo de empreendimento.

A Even encerrou a primeira metade de 2012 com um banco de terrenos de R$ 6,3 bilhões em VGV potencial de lançamentos. A companhia reduziu pelo quinto trimestre consecutivo as novas aquisições de terrenos, e afirmou também que pretende manter o ritmo de novas aquisições no mesmo do volume de lançamentos.

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