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Estudo defende remuneração de CEOs

Especialista americano em remuneração de altos executivos afirma que ganhos elevados refletem retorno aos acionistas

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 12 de outubro de 2010 às 20h05.

Após receberem tantas críticas por suas remunerações milionárias, os presidentes das grandes americanas começaram a reagir. O Business Roundtable, organização composta por CEOs das 160 maiores companhias dos Estados Unidos, divulgou nesta quarta-feira (5/7), um estudo em que defende a forma pela qual os altos executivos são remunerados. Segundo o estudo, a evolução dos salários e prêmios reflete, sobretudo, o crescente retorno que a diretoria executiva dessas empresas gera aos acionistas.

O estudo foi elaborado pelo especialista em remuneração Frederic W. Cook, a partir dos dados da Mercer Human Resources Consulting sobre as 350 maiores companhias americanas. Em vez de usar remuneração média dos executivos (obtida apenas pela média aritmética dos valores), Cook trabalhou com outra medida estatística - a mediana, que o autor considera um indicador mais confiável. A mediana é o valor que divide os membros de um grupo estudado em duas partes iguais. Na prática, significa que metade dos executivos ganham menos que a cifra encontrada e a outra metade está acima dela.

Cook afirma que, em 2005, a mediana da remuneração dos CEOs foi de 6,8 milhões de dólares, ligeiramente abaixo dos 7 milhões registrados em 2004. A cifra inclui salários, bônus e o valor estimado das opções de compra de ações desses dirigentes corporativos. Apesar de ainda ser um número elevado, o estudo argumenta que é "apenas" 179 vezes maior que a remuneração média de um trabalhador americano, e não 475 vezes - estimativa que circula nos meios acadêmicos e jornalísticos do país.

O principal argumento de Cook, porém, é que a evolução dos ganhos da alta diretoria dessas empresas reflete, sobretudo, a capacidade dos executivos de gerar resultados para os acionistas. O estudo mostra que a remuneração média dos CEOs cresceu 9,6% por ano entre 1995 e 2005. A taxa ficou muito próxima ao incremento anual de 9,9% dos ganhos dos acionistas no mesmo período. A conclusão de Cook é que os executivos estão sendo remunerados pelo seu desempenho, segundo o americano The Wall Street Journal.

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