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Estratégia da Petrobras para Libra é conhecida por poucos

Somente duas pessoas conhecem a estratégia completa da Petrobras para a licitação da área de Libra, da camada de petróleo do pré-sal


	Maria das Graças Foster:  executiva disse que dados críticos da Petrobras são mantidos dentro de rigorosos padrões de segurança, são criptografados e não circulam na internet
 (Divulgação/Petrobras/EXAME)

Maria das Graças Foster:  executiva disse que dados críticos da Petrobras são mantidos dentro de rigorosos padrões de segurança, são criptografados e não circulam na internet (Divulgação/Petrobras/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 21 de setembro de 2013 às 09h32.

Brasília - Somente duas pessoas conhecem a estratégia completa da Petrobras para a licitação da área de Libra, da camada de petróleo do pré-sal, disse nesta quarta-feira a presidente estatal, em audiência no Senado Federal para debater denúncias de espionagem na petroleira pelo governo dos Estados Unidos.

Maria das Graças Foster disse que somente ela própria e o diretor de Exploração e Produção, José Formigli, conhecem a estratégia da empresa para o leilão de Libra, na Bacia de Santos, considerada a maior reserva de petróleo do Brasil, que será leiloada em 21 de outubro.

A executiva disse que dados críticos da Petrobras são mantidos dentro de rigorosos padrões de segurança, são criptografados e não circulam na internet, com o objetivo de minimizar qualquer tentativa de ataque.

Ela afirmou ainda que a tecnologia de ponta da empresa não foi capaz de identificar qualquer ataque ao sistema, e acrescentou que a empresa irá investir 21,2 bilhões de reais em segurança da informação entre 2013 e 2017.

Bônus do leilão

A presidente disse ainda que a Petrobras já realizou o pagamento da taxa para participação no leilão de Libra, cujo prazo para quitação vence nesta quarta-feira.

Por lei, a Petrobras será a operadora única da área leiloada no pré-sal, com no mínimo 30 por cento de participação.

Questionada se a empresa não poderia arcar sozinha com a operação em Libra, a presidente afirmou que a companhia até teria condições técnicas de fazê-lo, mas economicamente isso não seria possível, considerando os outros gastos de capital da empresa, que tem o maior plano de investimento corporativo do mundo, de 236,7 bilhões de dólares em cinco anos.

Graça disse que Petrobras não suportaria pagar sozinha, por exemplo, o bônus de assinatura de 15 bilhões de reais para o leilão da reserva de Libra --esse valor fixo estabelecido pelo governo vai ser dividido entre os sócios do consórcio vencedor.

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