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Estamos debatendo liminar com AGU, diz presidente da Eletrobras

Leilão está marcado para o próximo dia 30 para venda de pelo menos três distribuidoras e outras duas estão impedidas de serem ofertadas por outras questões

Eletrobras: presidente disse que trabalhadores não têm visão "da quantidade de trabalho" que haverá quando novo controlador assumir distribuidoras (Paulo Whitaker/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 16 de agosto de 2018 às 19h26.

São Paulo - O presidente da Eletrobras , Wilson Ferreira Junior, disse nesta que a companhia "está em debate" com a Advocacia Geral da União (AGU) para discutir a decisão concedida nesta quinta-feira, 16, pelo Tribunal Regional do Trabalho do Rio de Janeiro (TRT-RJ) suspendendo a privatização das distribuidoras da estatal no Norte e Nordeste.

Um leilão está marcado para o próximo dia 30 para a venda de pelo menos três distribuidoras, tendo em vista que duas das cinco ainda pendentes da venda estão impedidas de serem ofertadas por outras questões.

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A decisão judicial foi concedida atendendo um agravo regimental impetrado pelo sindicato dos trabalhadores da empresa contra uma decisão do presidente do TRT-RJ, que cassou liminar concedida em junho aos trabalhadores pela 49ª Vara do Trabalho, que agora volta a ter validade.

Durante evento em São Paulo, Ferreira Junior comentou que os trabalhadores não têm visão "da quantidade de trabalho" que haverá quando um novo controlador assumir as distribuidoras e citou o fato de que os investidores terão de realizar aportes de capital nas empresas, o que permitirá que essas distribuidoras dobrem o volume de investimento em relação aos níveis desembolsados pela Eletrobras, melhorando os serviços de energia para todas as áreas de concessão.

Além disso, ele salientou o fato de que a privatização opõe funcionários das distribuidoras à população atendida e citou o caso da Cepisa, distribuidora de Piauí, leiloada no final de julho.

Segundo ele, a privatização desta empresa vai resultar em uma redução imediata de 8,5% nas tarifas dos consumidores locais. "São 8,5% de desconto na tarifa de 3,2 milhões de brasileiros que vivem naquele Estado contra os 3 mil empregados que sentem ter seus empregos ameaçados", disse.

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