Negócios

Essa empresa gaúcha de doces vai patrocinar o Brasil nas Olimpíadas e busca faturar R$ 1 bi em 2025

Docile investirá mais de R$ 100 milhões neste ano em expansão no Brasil e adiantou quais atletas serão os porta-vozes do movimento olímpico

Alexandre Heineck, diretor da Docile: Na metade do ano, o mundo se voltará para os jogos olímpicos e nós estaremos apoiando os nossos atletas (Docile/Divulgação)

Alexandre Heineck, diretor da Docile: Na metade do ano, o mundo se voltará para os jogos olímpicos e nós estaremos apoiando os nossos atletas (Docile/Divulgação)

Publicado em 11 de abril de 2024 às 08h17.

Última atualização em 12 de abril de 2024 às 12h39.

Tudo sobreIdeias de negócio
Saiba mais

GRAMADO (RS) - Após contratar a skatista Rayssa Leal para propagandas e apostar em mídia comercial no Netflix, a Docile, fábrica gaúcha de doces e balas de Lajeado, RS, irá apostar no evento do ano para chegar em novos públicos. O time do Brasil dos Jogos Olímpicos será patrocinado pela companhia – que em paralelo irá investir neste ano 100 milhões de reais só no Brasil para expansão dos negócios, como novas máquinas e aumento das plantas do Rio Grande do Sul e Pernambuco.

“Temos um histórico de um DNA fabril importante de quase um século e agora tudo isso precisava de um movimento de comunicação para que esse mercado conheça melhor a Docile”, diz Alexandre Heineck, diretor da Docile. “Na metade do ano o mundo se voltará para os jogos olímpicos e nós estaremos apoiando e torcendo pelos nossos atletas.”

Quer dicas para decolar o seu negócio? Receba informações exclusivas de empreendedorismo diretamente no seu WhatsApp. Participe já do canal EXAME Empreenda

Quando surgiu a ideia do patrocínio?

“Ser doce, para criar um mundo mais doce, é mais do que uma frase da companhia, é a forma que buscamos nos relacionar com as pessoas e com o mercado”, afirma Jaqueline Hartmann, diretora de marketing e comunicação da Docile, que esteve no palco da PUSH durante o Gramado Summit explicando a relação entre a marca e os jogos olímpicos. “Estamos buscando novas formas de mostrar esse nosso propósito e as Olimpíadas irá intensificar isso globalmente.”

No ano passado, Hartmann conta que junto com a sua equipe de marketing foi estudar as tensões sociais. “Como marketing, estudamos o que vai acontecer no ano que vem e que irá impactar o consumidor, foi aí que pensamos em fazer algo especial nas Olimpíadas, mas não imaginávamos que iríamos ser o patrocinador oficial do time Brasil.”

Os meios para chegar à COB (Comitê Olímpico do Brasil) aconteceu por meio da skatista Rayssa, que é a menina propaganda da marca. “Foi assim que o COB conheceu e gostou do nosso serviço, e por isso decidimos criar um novo produto que será as medalhas da gentileza que vai estar no Brasil e nas lojas do COB na Franças durante os jogos”.

O movimento de marketing fechou contrato com a jornalista Fernanda Gentil, que irá transmitir os eventos da marca durante esse o período dos jogos. “Essa questão da gentileza nasceu conosco e isso tem tudo a ver com os Jogos Olímpicos, afinal, a carta olímpica fala muito em jogo limpo, e esse é um dos valores da Docile também.”

Jaqueline Hartmann, diretora de marketing e comunicação da Docile: Estamos buscando novas formas de mostrar esse nosso propósito e as Olimpíadas irá intensificar isso globalmente (Docile/Divulgação)

Todos os atletas serão patrocinados, mas a executiva de marketing reforça que foi necessário escolher alguns deles para serem os porta-vozes da gentileza, como a ginasta Rebecca Andrade, o Darlan Romani, do arremesso de peso, a Ari Borges, do futebol feminino, e a Verônica Hipólito, atleta paralímpica.

“Apenas a Docile e a Nike têm produtos da Rayssa Leal e decidimos fazer com os outros atletas o mesmo trabalho que fizemos com ela”, diz a executiva que reforça que agora todos os brasileiros poderão, por meio das balas gelatinosas da Docile, sentir o gosto de beijar e morder a medalha nas Olimpíadas, afinal, os doces terão esse formato e as cores das olimpíadas.

“Entendemos que o nosso consumidor gosta de experimentar coisas novas. Queremos que as pessoas peguem a medalha e, por exemplo, reconheçam os atos de gentileza. Então, seu colega de trabalho ou seu filho fez uma coisa bacana, ele merece a medalha da gentileza,” afirma a executiva que reforça que a marca criou 30 produtos especialmente com o selo da COB.

A expectativa do negócio: atingir o primeiro bilhão

A Dociele nasceu como uma empresa familiar que fazia balas há quase um século no Rio Grande do Sul. Há 35 anos se estabeleceu no mercado industrial e hoje é a maior fabricante de balas do Brasil, exportando para 80 países, incluindo o envio de produtos para Disney. Com faturamento de 620 milhões de reais no último ano, a companhia prevê inaugurar um novo CD no Rio Grande do Sul este ano e apostar em novos quiosques para além dos que já foram inaugurados neste começo de ano em São Paulo, aeroporto de Congonhas, e Rio Grande do Sul.

“Para este ano estamos prevendo um faturamento de 800 milhões, e estamos mirando o faturamento de 1 bilhão para 2025. Estamos com todos os projetos direcionados para essa meta”, diz Heineck que, junto com seus dois irmãos, segue no comando da empresa familiar.

Clique aqui para inscrever sua empresa no ranking EXAME Negócios em Expansão 2024

Acompanhe tudo sobre:gestao-de-negociosInvestimentos de empresasJogos ParalímpicosOlimpíadasDoces

Mais de Negócios

Projeto premiado da TIM leva cobertura 4G a 4.700 km de rodovias

De Hard Rock a novo shopping em Santos: os planos do Grupo Peralta para o litoral de SP

Cadeias de fast food 'reféns' de robôs? CEO de rede responde

BPool projeta R$ 200 milhões em 2024 com marketplace da indústria criativa