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Sem espaço, Suzano eleva eficiência em sua unidade mais antiga

Responsável por 60% da produção de papel da companhia, fábrica não tem pode expandir fisicamente

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 04h11.

São Paulo - A unidade do município de Suzano, no interior de São Paulo, da Suzano Papel e Celulose não tem possibilidades de crescer fisicamente. Assim, a mais antiga unidade da companhia aposta em programas de eficiência para elevar a produção e manter o local como o maior produtor de papel da empresa.

Antiga Indústria de Papel Euclides Damiani, a unidade de Suzano foi adquirida pelo fundador Leon Feffer em 1955 com o objetivo de ser uma fábrica-piloto para a produção de celulose de eucalipto.

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Atualmente, a unidade tem capacidade de produção anual de 600 mil toneladas de papel e 550 mil toneladas de celulose. Segundo o diretor de operações Ernesto Pousada, o local concentra 60 por cento da produção de papel da companhia, entre quatro máquinas de couché, não revestidos, papelcartão e cut size.

De todo o faturamento da Suzano, de 50 a 55 por cento são no segmento de papel.

"Não planejamos grandes investimentos em aumento de capacidade na cidade de Suzano. Mas temos interesse em continuar atuando com papel e essa unidade é a grande representante disso", afirmou Pousada à Reuters, no final da quarta-feira.

"Fisicamente é impossível expandir a unidade, mas temos alguns programas de eficiência, como um programa para produzir mais com o mesmo ativo", afirmou o diretor. "Foram 50 milhões de reais de ganhos nos últimos três anos."

Entre as modernizações na unidade, é possível a construção de um novo duto de transporte de celulose da Suzano para a Melhoramentos Papéis, que possui uma fábrica ao lado.

É possível ver um duto que já liga as duas unidades, mas ele está desativado atualmente, disse Pousada. Isso porque, de acordo com o executivo, "a ideia não deu certo tecnicamente". "Mas continuamos fornecendo celulose para a Melhoramentos... Estamos voltando a estudar (o uso de um duto para transporte)."


Sem investimento em papel

Apesar do interesse da companhia em se manter no mercado de papéis, Pousada afirmou que não está nos planos da Suzano ampliar a produção do material.

A Suzano produz 1,145 milhão de toneladas de papel por ano. Além da unidade no município de Suzano, a empresa possui outras quatro produtoras, além de metade do Consórcio Paulista e Papel e Celulose (Conpacel), em Americana (SP): Rio Verde (também localizada em Suzano, mas que produz apenas o papel reciclado Reciclato), Embu e Limeira (SP) e Mucuri (BA).

De acordo com o diretor de operações, a Suzano deve elevar sua capacidade de produção de papel em 5 por cento em 2010 ante 2009.

"Atualmente, a Suzano exporta 40 por cento da produção de papel. Podemos reduzir exportações para atender o mercado local se for necessário, mas o que produzimos dá e sobra para o mercado local", disse.

Além de afirmar que a empresa não deve investir em novas fábricas de papel ou no aumento de produção nas unidades já existentes, o diretor afirmou que não existem muitas opções de aquisição de unidades produtoras de papel.

Uma possibilidade seria o próprio Conpacel, empresa em que a Suzano é sócia da Fibria após a compra em conjunto da antiga Ripasa. A companhia sempre confirma o interesse na parcela da parceira, embora diga que não existe nenhuma proposta ou negociação em andamento.

Em caso de outra empresa lançar uma proposta pela parte da Fibria no Conpacel, a Suzano terá o direito de preferência.

Pousada disse ainda que em 2009, durante a crise financeira, a Suzano chegou a avaliar a compra de produtoras de papel fora do Brasil. "Mas concluímos que não fazia sentido: para esse segmento é importante estar perto do cliente."

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