Escritórios sem paredes podem fazer mal à produtividade
Já há evidências de que escritórios "open space" podem fazer mais mal do que bem e que os cubículos não são os culpados pela infelicidade dos funcionários
Da Redação
Publicado em 25 de abril de 2014 às 09h34.
São Paulo - O cubículo é, talvez, o símbolo mais usado para representar um trabalho monótono e frustrante e uma vida profissional infeliz.
Ao mesmo tempo, espaços abertos, sem divisórias, em que os profissionais interagem entre si e onde a hierarquia quase não é visível são muitas vezes colocados hoje como lugares modernos e agradáveis.
Uma corrente de especialistas agora diz: nem tanto ao céu, nem tanto à terra.
Os cubículos não são o motivo das agruras dos funcionários de escritórios, do mesmo modo que a ausência de divisórias não necessariamente torna o ambiente de trabalho mais agradável.
A história do cubo
Em seu livro Cubed: A Secret History of the workplace (sem tradução para o português), Nikil Saval descreve a história dos ambientes de trabalho, desde os anos 1920 até os dias de hoje.
Antigamente, eram poucas as pessoas que trabalhavam em escritórios e, por isso, a relação ente chefes e empregados era muito mais próxima. Os locais de trabalho eram pequenas salas e os trabalhadores esperavam, um dia, chegarem à posição do chefe.
Com o crescimento das companhias, novos cargos foram criados, mais funcionários foram sendo contratados e era preciso um meio de organizar o espaço.
Pensando nisso, o designer Robert Propst criou nos anos 60 o que chamou de Action Office (escritório de ação): três divisórias móveis que poderiam ser rearranjadas para criar inúmeros espaços de trabalho. Nascia o cubículo.
Sua ideia inicial era fornecer ao “trabalhador de conhecimento” privacidade, mobilidade e independência. Sim, o cubículo foi criado para dar liberdade ao trabalhador. Acontece que ele foi imediatamente utilizado para amontoar o maior número de pessoas no menor espaço possível.
“O cubículo se tornou um símbolo de locais de trabalho opressores porque os anos em que ele se tornou dominante foram também os anos em que o local de trabalho, em muitas maneiras, tornou-se mais opressivo”, disse Saval em entrevista à The Atlantic.
Saval explica que os anos 80 e 90, em que os cubículos se proliferaram, foram também os anos em que ocorreram grandes fusões e aquisições, mudanças gerenciais e as primeiras demissões em massa. O cubículo se tornou, então, um símbolo de insegurança.
A redenção do cubículo
Hoje, o conceito de “open space” é tendência na organização de espaços de trabalho, justamente por tentar afastar essa imagem opressora. Mas esse novo modelo não resolve o problema e pode trazer consequências ruins para a produtividade do trabalho.
Saval constatou que pessoas que trabalhavam em escritórios abertos apresentavam os mesmos níveis de frustração que as que passavam os dias no cubículo. Ou seja: o cubículo apenas expressa a frustração dos funcionários, mas não necessariamente é a causa dela.
A hierarquia também não some apenas porque os chefes não possuem salas próprias. Há jeitos sutis de demonstrar quem manda: mesas maiores, mais espaço e mesmo a disposição dos lugares são demonstrações de poder. Ter o chefe mais próximo pode, além do mais, causar mais estresse entre os funcionários, que podem se sentir vigiados demais.
Além disso, os escritórios “open space” trazem um problema mais sério: a queda de produtividade. A falta de barreiras está associada à privacidade psicológica, o que aumenta a performance de cada um.
Finalmente, a falta de paredes traz duas consequências bastante óbvias: o barulho e a distração. Um estudo da universidade de Cornell comprovou que pessoas que trabalham em locais “open space” tendem a ser menos criativas e motivadas, o que por sua vez derruba a produtividade.
A solução? Para Saval, o mundo do trabalho sem o escritório físico tem potencial para fazer as pessoas mais felizes. O home office já começa a criar raízes no mundo corporativo e a possibilidade de mobilidade e horários próprios é bastante atraente.
Até lá, resta saber se é o local em que você trabalha ou o trabalho que você faz que te entristece.
Em resposta a reclamação de uma cliente, a US Airways tuitou “sem querer” uma imagem pornográfica de outro cliente bem insatisfeito.A imagem ficou no ar na conta oficial da empresa por cerca de uma hora e, depois de gerar outras tantas queixas de clientes, foi retirada.Em seu lugar, a companhia tuitou: "Pedimos desculpa pela publicação de uma imagem imprópria compartilhada em uma de nossas respostas."
Uma cliente do Starbucks da Luisiana, nos Estados Unidos, tirou foto de dois cafés que recebeu com símbolos associados ao satanismo desenhados na espuma: um pentagrama invertido e o número 666. A imagem foi postada no Face e atingiu milhares de consumidores indignados. A resposta com um pedido de desculpas da rede veio pela rede social.
O serviço de mapas do Google apontou durante vários dias de janeiro para a "Adolf-Hitler-Platz" (Praça de Adolf Hitler) no centro de Berlim. O local foi nomeado por um colaborador externo e admitido sem questionamentos pela empresa. A gafe foi identificada por vários usuários do Google Maps no Twitter que se desculpou. A praça nomeada de Adolf Hitler no aplicativo na verdade se chama Theodor Heuss. Mas durante o nazismo até o fim do Terceiro Reich, em 1945, levava o nome do ditador nazista.
Um cliente do Carrefour em Buenos Aires encontrou um pudim com a tabela adulterada em uma das gôndolas – nele, um dos ingredientes era descrito como cocaína.Sem pestanejar, ele tirou foto e postou no Twitter com a hashtag #BudínConCocaína, espalhada como pólvora na rede social.Além de desculpas no Facebook, o Carrefour disse que não havia entorpecentes nos produtos, que foram recolhidos. Tratava-se, segundo a empresa, de uma sabotagem de um empregado.
"Isto começa com minhas sinceras desculpas a cada um que tenha sido afetado por este recall. Estou muito aflita com a situação”, disse a CEO da GM, Mary Barra. "A GM de hoje fará o que for correto." A frase de Barra foi dada em um recente depoimento dela no Congresso, em Washington. Na ocasião ela explicou os motivos que levaram a empresa a anunciar o recall de 6,3 milhões de carros dez anos depois dos defeitos serem descobertos. O caso ainda está sendo investigado e parece estar longe de acabar.
Dez dias depois de eleito CEO da Mozilla, Brendan Eich se demitiu do cargo. Ele era conhecido por ter feito uma doação de mil dólares em seu nome à Proposta 8, a lei que proibia o casamento gay na Califórnia. Em comunicado, a empresa não se desculpou, mas disse que "A Mozilla se orgulha de ser colocada em um padrão diferenciado e, na última semana, nós não honramos isso. Nós sabemos porque as pessoas estão magoadas e com raiva, e elas estão certas: é porque nós não fomos fiéis a nós mesmos", disse.
Guido Barilla, presidente da fabricante italiana de massas batizada com o seu sobrenome, se desculpou pelo Twitter e no Facebook por ter dito que uma família gay não estrelaria os comerciais da companhia porque prefere a "família tradicional". Barilla disse em uma entrevista a uma rádio que se os gays não gostam da publicidade da sua empresa "vão comer outro macarrão". A frase, claro, repercutiu de forma negativa.
A Target distorceu a silhueta de uma modelo em uma de suas propagandas de um jeito impossível de passar batido. Para alongar as pernas da moça, a rede decidiu simplesmente cortar uma parte de sua vagina. O erro gerou tanta polêmica nas redes sociais que a solução para a empresa foi retirar a imagem e pedir desculpas.
A Universidade de Oxford enviou acidentalmente a centenas de alunos, em janeiro, um e-mail com a lista dos 50 alunos com piores notas em exames realizados antes do Natal. Quando se deu conta do erro, a universidade afirmou que as informações eram incorretas – mas o estrago já estava feito (e devidamente compartilhado). O jeito foi pedir desculpas e dizer que não cometeria o erro novamente.
O Burger King demitiu três funcionários flagrados em vídeo se divertindo dentro da caixa d’água de uma das unidades da rede em São Paulo. A demissão aconteceu depois da repercussão do vídeo, que alcançou milhares de pessoas. Por meio de nota, o Burger King disse que o vídeo foi filmado durante a lavagem das caixas d'água de um de seus restaurantes, que teve o abastecimento suspenso enquanto isso. Depois da limpeza, todo o conteúdo das caixas teria sido descartado.
Em dezembro, a presidente do Yahoo!, Marissa Mayer, pediu desculpas por uma "semana frustrante", na qual milhões de usuários não conseguiram acessar suas contas de e-mail devido a uma falha em um hardware da companhia. "Foi uma semana muito frustrante para nossos usuários e sentimos muito", escreveu Mayer em sua página no Tumblr. "Esta semana tivemos um grande corte que interrompe esta conexão e provocou muitos inconvenientes para a maioria de vocês".
Uma das patrocinadoras oficiais da Copa do Mundo 2014, a Adidas suspendeu a venda de uma coleção de camisetas sobre o evento que continha mensagens com conotação sexual a respeito do Brasil. As peças irritaram profundamente o governo Brasileiro, levando a Embratur, empresa responsável pelo turismo no Brasil, a emitir uma nota de repúdio à "comercialização de produtos que vinculem a imagem do Brasil a apelos sexuais". Em resposta, a empresa respondeu que "sempre acompanha de perto a opinião de seus consumidores e parceiros, e por isso anuncia que os produtos em questão não mais serão comercializados pela marca".
Depois de quase um mês com um problema sem solução, uma cliente da loja de móveis online Oppa foi à internet reclamar. E, depois de sua indignação devidamente divulgada na web, conseguiu trocar seu produto com defeito. Só que de uma forma inusitada. Ela recebeu o presidente da empresa em casa para trocar os objetos. A visita e troca chegou junto de um pedido de desculpas e a promessa de que o erro não aconteceria com outros clientes.
O grupo público de televisão russo VGTRK classificou o ministro da Propaganda da Alemanha nazista de "grande figura", dentro de uma série de líderes de destaque, que também citava Lênin. A informação foi divulgada no Facebook da companhia que logo pediu "desculpas aos leitores por esta publicação contrária à ética". A publicação aconteceu no dia em que se completavam os 70 anos do levantamento do bloqueio nazista de Leningrado (nome soviético de São Petersburgo), que deixou mais de um milhão de civis mortos durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
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