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Escritórios de advocacia dos EUA preparam ação coletiva contra a Vale

Grupo irá investigar se mineradora soltou informações falsas aos investidores sobre os riscos da barragem

Vale já foi alvo de processo semelhante quando houve rompimento da barragem de Mariana (Brendan McDermid/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 28 de janeiro de 2019 às 19h40.

São Paulo - Quatro escritórios norte-americanos de advocacia anunciaram nesta segunda-feira, 28, que pretendem entrar com ações coletivas contra a Vale na Justiça dos Estados Unidos após as perdas causadas aos investidores pelo rompimento da barragem da mineradora em Brumadinho (MG), na sexta-feira, 25.

"A Rosen Law está preparando uma ação coletiva para recuperar as perdas sofridas pelos investidores da Vale", afirma comunicado dos advogados enviado a investidores. O escritório afirma estar investigando se a mineradora brasileira pode ter "emitido ao público informações de negócios materialmente falsas".

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O escritório Tha Schall afirma estar investigando se a mineradora soltou "informações falsas e enganosas" aos investidores, que omitiam os riscos com a barragem e, por isso, burlam as regras do mercado acionário dos EUA.

Mais tarde, o Wolf Popper e o Bronstein, Gewirtz & Grossman anunciaram que pretendem abrir ação coletiva contra a Vale em Nova York.

Além das dezenas de mortos e do estrago ambiental, o comunicado do escritório ressalta que o American Depositary Receipt (ADR) da empresa - recibos de ações negociadas na Bolsa de Nova York - despencou após a notícias do acidente, caindo 8% na sexta e 16% na tarde desta segunda.

As ações ON da Vale também acumulavam perdas na tarde desta segunda na Bolsa de São Paulo, com queda de 23,92% às 15h47.

O ADR da Vale é nesta segunda-feira o papel mais negociado em toda a Bolsa de Nova York, com 84 milhões de negócios até as 14h45, superando grandes empresas americanas, como a General Eletric (40 milhões de negócios), PG&G (22 milhões) e Bank of America (21 milhões).

A Vale já foi alvo de dois processos semelhantes nos EUA em 2015 após o rompimento de barragem da Samarco em Mariana (MG). Na sexta-feira, analistas já haviam alertado o Estadão/Broadcast do risco de a companhia ser processada novamente nos EUA por causa do acidente.

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