Usina da Energias de Portugal: demanda por eletricidade em Portugal e Espanha caiu 2,5 por cento no período ante um ano antes (REUTERS/Jose Manuel Ribeiro)
Da Redação
Publicado em 31 de outubro de 2013 às 15h54.
Lisboa - A EDP Energias de Portugal, maior companhia do país, divulgou nesta quinta-feira lucro líquido de 2013 maior que o esperado até setembro, praticamente em linha com o registrado há um ano, com ganhos no Brasil e de sua unidade de energia eólica parcialmente compensando um mercado ibérico fraco.
A empresa de energia disse que o lucro líquido foi de 792 milhões de euros, ante previsão média de 776 milhões de euros em uma pesquisa da Reuters com analistas.
A demanda por eletricidade em Portugal e Espanha caiu 2,5 por cento no período ante um ano antes.
Ainda assim, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) subiu 2 por cento, para cerca de 2,8 bilhões de euros, pouco acima do consenso de 2,76 bilhões de euros, ajudado por operações brasileiras da EDP e bons resultados da unidade de energia eólica EDPR.
"O Ebitda do Grupo EDP foi impulsionado pelas nossas subsidiárias internacionais: a EDP Brasil (cujo Ebitda cresceu 25 por cento) e a EDP Renováveis (cujo Ebitda subiu 5 por cento)", disse em comunicado.
A empresa afirmou que o Ebitda das operações ibéricas(excluindo a EDPR) caiu 5 por cento no período (ou menos 77 milhões de euros) penalizado por alterações regulatórias em Portugal e em Espanha e por uma deterioração do mercado.
A subsidiária EDP Renováveis (EDPR) -- quarta maior do mundo em capacidade instalada -- teve alta em linha com o esperado, de 10 por cento do lucro, a 102 milhões de euros nos nove primeiros meses de 2013, com aumento da produção eólica.
Os custos operacionais do Grupo EDP subiram 1 por cento para 1,164 bilhão de euros.
"A EDP espera que o investimento operacional do grupo seja de 2 bilhões de euros em 2013, baixando para 1,7 bilhão de euros em 2014 e 1,5 bilhão de euros em 2015", afirmou.
Segundo a empresa, esta redução de investimento nos próximos anos dará uma contribuição positiva para os objetivos de redução dos níveis de endividamento no período 2013-15.