Protesto no Egito: país é o quarto mercado da Coreia do Sul entre os países árabes (AFP)
Da Redação
Publicado em 31 de janeiro de 2011 às 05h11.
Seul - Grandes empresas sul-coreanas como Samsung, LG e Hyundai começaram a evacuar seus trabalhadores no Egito e reduziram suas operações nesse país devido à revolta popular, informou nesta segunda-feira a agência "Yonhap".
Muitos empresários e investidores sul-coreanos se mantêm fechados em suas casas nas principais cidades egípcias, enquanto suas famílias começaram a deixar o país árabe, segundo a Agência de Promoção de Comércio e Investimentos da Coreia do Sul (Kotra).
"A maioria das companhias sul-coreanas deixou de operar com normalidade devido à extensão dos protestos e muitas estão transferindo seus trabalhadores para a Coreia do Sul ou outros países", indicou a Kotra em comunicado.
O Ministério de Exteriores sul-coreano disse que está tentado aumentar o número de voos procedentes do Cairo para evacuar seus cidadãos, já que há um grande número de sul-coreanos que querem deixar esse país.
A companhia aérea Korean Air modificou os horários de seus voos para evitar o toque de recolher no Cairo, enquanto estuda a possibilidade de aumentar o número de aparelhos para sair do Egito.
Além disso, empresas como LG Electronics se viram obrigadas a deter todas suas operações, já que um grande número de seus trabalhadores não conseguiu chegar a seus postos de trabalho por causa dos protestos.
Segundo a KOTRA, a revolta egípcia põe também em perigo nove investimentos sul-coreanas num total de US$ 156 milhões.
A Coreia do Sul teme que a crise no Egito afete negativamente suas exportações ao país árabe, já que os escritórios de alfândegas permanecem fechados e as comunicações dentro do país estão limitadas.
O Egito, quarto mercado da Coreia do Sul entre os países árabes, importou em 2010 do país asiático bens no valor de US$ 2,240 bilhões, enquanto suas exportações chegaram a US$ 938 milhões.