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Empresas gastaram até 15% mais com planos de saúde em 2003

As empresas gastaram mais em 2003 para bancar os planos de saúde dos funcionários, mas querem reduzir essa despesa em 2004. É o que mostra uma pesquisa realizada pela consultoria Mercer sobre a gestão da saúde nas corporações. "O que as empresas estão tentando fazer é enxugar gastos sem deixar os funcionários insatisfeitos", diz Cesar […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 09h26.

As empresas gastaram mais em 2003 para bancar os planos de saúde dos funcionários, mas querem reduzir essa despesa em 2004. É o que mostra uma pesquisa realizada pela consultoria Mercer sobre a gestão da saúde nas corporações. "O que as empresas estão tentando fazer é enxugar gastos sem deixar os funcionários insatisfeitos", diz Cesar Lopes, consultor da área de saúde da Mercer.

Participaram da pesquisa 335 empresas, entre nacionais e multinacionais. Desse universo, 68% afirmou que pretende reduzir os custos dos planos de seus funcionários nos próximos dois anos. Segundo apurou a Mercer, o percentual médio de aumento de gastos em 2003 foi de 10% a 15% para planos pré-pagos, em que o risco financeiro é da operadora. Já para os planos pós-pagos, de gestão terceirizada ou a cargo da própria empresa, os reajustes ficaram entre 5,1% e 10%.

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O caminho encontrado para economizar com a saúde dos funcionários é investir na prevenção e, dessa forma, evitar procedimentos de alto custo. "É mais interessante para a empresa subsidiar os medicamentos de um funcionário agora, que bancar sua internação mais tarde", diz Lopes. "Mesmo que no curto prazo isso gere mais gastos." Essa tendência foi mostrada em números na pesquisa: 87% das corporações afirmou que pretende investir em programas de qualidade de vida e 84% em programas de prevenção à saúde nos próximos dois anos.

A pesquisa também identificou outras medidas que vêm sendo adotadas pelas empresas. Uma delas é o aumento da oferta de planos de assistência odontológica. Das 335 empresas da amostra, 58% declararam oferecê-los aos seus funcionários, contra 52% na pesquisa realizada em 2002. "É um benefício mais barato, que oferece menos riscos por ter custos mais conhecidos", afirma Lopes. Para 60% das empresas pesquisadas, o custo com assistência odontológica representa menos de 1% da folha de pagamento, sem encargos.

A Mercer também identificou a política das empresas de não oferecer assistência médica aos funcionários aposentados: do universo pesquisado, apenas 16%. Desse percentual, em mais de 70% das corporações, o beneficiado arca com o custo parcial ou total do plano. As empresas estão também mais restritivas à inclusão de dependentes. Cônjuges e filhos do titular continuam sendo beneficiados, mas apenas 23% das corporações pesquisadas estendem a cobertura a dependentes agregados como pais e avós.

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