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Empresa da estátua "Menina Sem Medo" é acusada de discriminação

A State Street terá que indenizar 320 funcionários, entre mulheres e negros, que receberam menos que homens e brancos em cargos similares

Estátua representa o poder da participação e liderança feminina no mundo das finanças (Drew Angerer/Getty Images)

Estátua representa o poder da participação e liderança feminina no mundo das finanças (Drew Angerer/Getty Images)

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AFP

Publicado em 6 de outubro de 2017 às 09h12.

Desafiante diante do famoso touro de Wall Street, a popular escultura de bronze da "Menina Sem Medo" simbolizava o poder da liderança feminina em um mundo das finanças dominado pelos homens.

Mas a empresa de investimentos que encomendou a estátua aceitou na quinta-feira pagar cinco milhões de dólares a mais de 300 funcionários - mulheres e negros - que receberam um salário inferior ao dos empregados homens brancos, segundo uma auditoria do Escritório Federal de Programas de Cumprimento de Contratos (FCCP).

De acordo com um documento ao qual a AFP teve acesso, a investigação determinou que a empresa "desde pelo menos 1 de dezembro de 2010" pagou a 305 mulheres em cargos superiores menos que aos homens em cargos similares e também discriminou 15 executivos negros.

A State Street negou as acusações, mas aceitou o acordo.

"A State Street está comprometida com práticas de igualdade salarial e avalia continuamente os processos internos para assegurar que nossos programas de compensação, contratação e promoção não são discriminatórios", afirma um comunicado.

Obra da artista Kristen Visbal, a escultura da intrépida "Fearless Girl" (Menina Sem Medo) foi instalada diante do touro de Wall Street em Nova York em março, por ocasião do Dia Internacional da Mulher. De modo imediato também virou um símbolo dos direitos das mulheres em relação ao presidente Donald Trump.

Com o sucesso da escultura, o prefeito de Nova York, Bill de Blasio, decidiu deixar a obra no local até março de 2018, mas milhares de pessoas assinaram uma petição para que permaneça no local por tempo indeterminado.

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