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Empregados da Eletrobras decidem manter greve até amanhã

Entre as reivindicações da paralisação está a suspensão da privatização da venda das distribuidoras deficitárias e a saída do presidente da estatal

Eletrobras: empregados podem fazer greve, mas têm que manter 75% do quadro funcional em operação ou pagar multa de R$ 100 mil por dia (Nadia Sussman/Bloomberg)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 11 de junho de 2018 às 16h08.

Rio - Os empregados da Eletrobras vão manter a greve iniciada nesta segunda-feira, 11, até pelo menos às 8h de amanhã, quando serão realizadas assembleias nas portas das subsidiárias da estatal para decidir se o movimento prossegue.

Por decisão do Tribunal Superior do Trabalho, os empregados podem fazer greve , mas têm que manter 75% do quadro funcional em operação ou pagar multa de R$ 100 mil por dia.

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"Nossos advogados do Coletivo Nacional dos Eletricitários está em Brasília tentando reverter essa posição (dos 75%)", informou o diretor da Associação dos Empregados da Eletrobras (Aeel), Emanuel Mendes. Com esse porcentual, a greve fica praticamente inviabilizada.

A assembleia de hoje foi realizada na porta da sede da empresa no Centro do Rio e reuniu um pouco mais de 100 pessoas em um ato enfraquecido pela greve dos ônibus municipais do Rio de Janeiro, também iniciada nesta segunda-feira.

Em clima de comemoração pelo aniversário de 56 anos da Eletrobras, com direito a bolo para os participantes, os empregados encheram a porta da empresa com cartazes "Fora Pinto", com o retrato do presidente Wilson Ferreira Pinto Jr estampando também em galhardetes.

A saída do executivo é uma das reivindicações da greve, que também pede a suspensão da privatização da venda das distribuidoras deficitárias da Eletrobras; das 70 SPEs de transmissão e energia eólica; e a capitalização sem a participação do governo, para diluir o capital público na companhia.

De acordo com Mendes, foi votado também em assembleia na porta da holding o indicativo de greve por tempo indeterminado a partir do dia 25 de junho, se a empresa insistir e retirar do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) uma cláusula que garante o plano médico dos empregados.

"Estamos pedindo uma reunião na quarta-feira com a empresa. Ela (Eletrobras) retirou a cláusula 'normas e recursos humanos' do ACT para acabar com nosso plano de saúde. Se ela (Eletrobras) voltar com essa cláusula sentamos para conversar", disse Mendes, informando que a estatal concordou em dar o reajuste da totalidade do INPC (1,69%), em vez da proposta anterior de 75% do índice.

 

 

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