Negócios

Empregados da Amazon protestam para que empresa reduza pegada climática

“A Amazon tem a escala de ser líder na mudança rumo à energia limpa ou uma contribuidora significativa para a mudança climática", disse uma funcionária

Amazon: empresa está em pé de guerra com funcionários por mudanças climáticas (Lindsey Wasson/Reuters)

Amazon: empresa está em pé de guerra com funcionários por mudanças climáticas (Lindsey Wasson/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 28 de janeiro de 2020 às 08h00.

Última atualização em 28 de janeiro de 2020 às 08h41.

Mais de 350 funcionários da varejista Amazon contribuíram com declarações focadas nas práticas climáticas da empresa, desafiando as políticas da gigante de comércio eletrônico e alimentando o confronto entre a gerência e um grupo de trabalhadores ativistas.

Os comentários dos funcionários foram publicados no domingo na plataforma Medium. Há algumas semanas, a Amazon havia ameaçado empregados que deram entrevistas ao jornal Washington Post com medidas disciplinares ou demissão se continuassem a falar publicamente sobre a empresa sem autorização. Os funcionários são membros da Amazon Employees for Climate Justice, uma organização que está em campanha há mais de um ano para pressionar a empresa a deixar de fazer negócio com grupos de combustíveis fósseis e a se comprometer a limitar sua pegada nas emissões de gases de efeito estufa.

Entre os comentários recentemente publicados, cada um deles assinados por funcionários da Amazon, o sentimento compartilhado é resumido pela declaração de Amanda Seyfer, uma engenheira de desenvolvimento de software: “A Amazon tem a escala de ser uma líder ousada na mudança rumo à energia limpa ou uma contribuidora significativa para a mudança climática. Sabemos que teremos que lidar com isso no final, então, por que esperar?”

Em setembro do ano passado, o CEO da Amazon, Jeff Bezos, anunciou uma iniciativa destinada a zerar as emissões de carbono até 2040 e a incentivar outras empresas a fazerem o mesmo. No dia seguinte, milhares de funcionários da Amazon fizeram greve em demonstração de apoio às marchas climáticas lideradas por estudantes em todo o mundo. Alguns empregados da Amazon foram reconhecidos como os responsáveis pelo novo compromisso público dos executivos com o meio ambiente e pediram mais.

Em comunicado enviado por e-mail, uma porta-voz disse que “é claro que somos entusiastas dessas questões”.

“Embora todos os funcionários sejam incentivados a se engajar construtivamente em qualquer uma das muitas equipes da Amazon que trabalham com sustentabilidade e outros tópicos, aplicamos nossa política de comunicação externa e não permitiremos que trabalhadores denigram publicamente ou deturpem publicamente a empresa ou o trabalho árduo de seus colegas que estão desenvolvendo soluções para esses problemas difíceis”, segundo o comunicado.

Acompanhe tudo sobre:AmazonBloomberge-commerceMeio ambienteSustentabilidade

Mais de Negócios

COP29: Lojas Renner S.A. apresenta caminhos para uma moda mais sustentável em conferência da ONU

Ele quase devolveu o dinheiro aos investidores, mas conseguiu criar um negócio que vale US$ 100 mi

Com chocolate artesanal amazônico, empreendedora cria rede de empoderamento feminino

Na maior Black Friday da Casas Bahia, R$ 1 bilhão em crédito para o cliente