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Aos 33, empreendedora fatura R$ 7 milhões ensinando a fazer vídeos no TikTok

Depois de encarar a baixa nos trabalhos com uma produtora de vídeos, Clarissa Millford criou uma empresa que leva marcas e empreendedores ao universo dos vídeos curtos; projeção de faturamento é de R$ 7,5 milhões em 2022

Clarissa Millford, fundadora da Academia TikTokers: R$ 7,5 milhões ensinando a fazer vídeos curtos (Academia TikTokers/Divulgação)

Clarissa Millford, fundadora da Academia TikTokers: R$ 7,5 milhões ensinando a fazer vídeos curtos (Academia TikTokers/Divulgação)

A empreendedora gaúcha Clarissa Millford, de 33 anos, descobriu a duras penas que a necessidade de reinvenção seria inevitável nos últimos dois anos. Dona de uma produtora de vídeos com algum tempo de mercado, ela se viu diante do término de incontáveis trabalhos graças à interrupção das gravações presenciais na pandemia.

Com sets de filmagem fechados e elenco dispensado, criar um novo modelo de negócios era questão de sobrevivência. Nesse cenário, a resposta foi olhar para o que havia de mais novo no mercado do entretenimento e das redes sociais. Por coincidência (ou não), os primeiros meses de 2020 viram a explosão do TikTok, uma rede social chinesa recém-chegada ao Brasil e que enchia a timeline de usuários com vídeos musicais e de dança com potencial de viralização.

Era um cenário que, em breve, também despertaria a atenção de marcas. Foi com essa percepção que Millford fundou a Academia TikTokers, uma escola digital sediada em Porto Alegre para pessoas que queriam aprender a como se dar bem criando vídeos naquela rede social.

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“Decidi unir o que eu sabia fazia muito bem, que é audiovisual, com os novos padrões das redes sociais”, conta Millford.

Desde o início, o foco estava em ajudar empreendedores e criadores autônomos a melhorar o alcance e a qualidade das postagens no TikTok. “O público nunca foi de influenciadores que querem milhões de seguidores para alcançar o Brasil todo. São empreendedores que querem mais sucesso nas vendas, receita e visibilidade”, diz.

Com um curso piloto de 10 horas, a Academia TikTokers atraiu seus primeiros alunos e encerrou 2021 com um faturamento de R$ 580 mil reais. Depois de certo tempo, até mesmo a rede social ficou interessada no negócio: Millford recebeu uma ligação da equipe do TikTok a convidando para ser criadora oficial, ajudando a rede chinesa a estabelecer suas bases no Brasil.

Hoje reformulado, o curso tem 140 horas, quase 8 mil alunos e, em média, de 1,5 mil a 2 mil novos entrantes por mês.

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Segundo Millford, a receita para o sucesso está em observar os contextos e antever para onde vai o mercado, algo valioso para todo e qualquer empreendedor. "O conjunto de coisas que acontecem digitalmente é um prato cheio para quem está atento ao mercado. Tudo isso faz com que a Academia hoje seja algo bem maior do que prevíamos em 2020”, diz.

Seguindo essa premissa, ela agora aposta na tendência dos vídeos curtos no B2B como principal fonte de receita da empresa para o futuro. Junto a isso, a filosofia das aulas sobre vídeos curtos também deve ir além do TikTok. Com a inserção desse modelo em outras redes sociais (a exemplo do YouTube Shorts e Instagram Reels), a Academia TikTokers também vai ampliar os conteúdos à disposição dos alunos.

“As empresas querem se posicionar ali, mas ao mesmo tempo precisam manter sua identidade, e não sabem como fazer isso por meio dos vídeos curtos. É uma grande oportunidade”, diz. Em 2022, a empresa pretende faturar de R$ 7,5 milhões — um resultado que, segundo Millford, já está perto de ser realidade.

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