Exame Logo

Embraer vence disputa para fornecer 20 aviões aos EUA

Acordo de 428 milhões de dólares é o primeiro da fabricante com as Forças Armadas norte-americanas

Após o acordo, o Super Tucano da Embraer pode ter maior demanda de países do Oriente Médio e da Ásia (Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 27 de fevereiro de 2013 às 23h42.

Washington - A Embraer venceu a norte-americana Hawker Beechcraft em uma disputa para fornecer 20 aviões leves de apoio para a Força Aérea norte-americana que serão utilizados em missões no Afeganistão, estreitando os laços de defesa entre Brasil e Estados Unidos.

A Embraer e sua parceira norte-americana, Sierra Nevada, ganharam o negócio de 428 milhões de dólares, o primeiro da empresa brasileira com as Forças Armadas norte-americanas.

Com o "selo de qualidade" do maior consumidor de defesa do mundo, o chefe da unidade de defesa da Embraer, Carlos Aguiar, disse que espera maior demanda pelo turbopropulsor Super Tucano de possíveis clientes no Oriente Médio e no sudeste da Ásia.

"Sabemos que outros países estavam esperando esse resultado", disse Aguiar em entrevista por telefone. "Nos próprios Estados Unidos, na medida em que a gente comprove que estamos entregando o que foi adquirido, tenho certeza de que pode crescer muito essa ordem, e haverá outras necessidades também".

O contrato também é uma boa notícia para a Boeing, sediada em Chicago, que participa do processo de ofertas para renovar a Força Aérea Brasileira com mais de 36 novos jatos avaliados em pelo menos 4 bilhões de dólares. A companhia norte-americana disputa o contrato com a francesa Dassault e a sueca Saab.

"Esse é obviamente um desdobramento muito positivo para a Boeing. É a melhor coisa que aconteceu para eles (em disputas por acordos de fornecimento de jatos) em meses", disse uma autoridade de alto escalão do governo brasileiro sob condição de anonimato.

Autoridades brasileiras haviam expressado insatisfação no ano passado quando os Estados Unidos descartaram o contrato originalmente concedido à Embraer em dezembro de 2011.


A Hawker desafiou juridicamente o processo e as repercussões políticas do fato de que uma companhia baseada nos Estados Unidos perdeu o contrato para uma companhia brasileira chegou a atingir as eleições presidenciais norte-americanas.

Após a Embraer emergir vitoriosa nesta quarta-feira, o vice-secretário de Defesa norte-americano, Ashton Carter, ligou para o ministro da Defesa brasileiro, Celso Amorim, para cumprimentá-lo pelo resultado.

Amorim considerou uma "grande vitória" para a indústria brasileira que abrirá novas oportunidades de negócios para a Embraer, de acordo com um comunicado do ministério.

Para a Hawker, que saiu de uma concordata neste mês, o contrato perdido é mais um obstáculo no caminho para a recuperação.

"Vamos nos reunir com a (Força Aérea norte-americana) para uma discussão completa da decisão e determinaremos então nossos próximos passos", disse a porta-voz da companhia, Nicole Alexander, em comunicado enviado por e-mail.

Veja também

Washington - A Embraer venceu a norte-americana Hawker Beechcraft em uma disputa para fornecer 20 aviões leves de apoio para a Força Aérea norte-americana que serão utilizados em missões no Afeganistão, estreitando os laços de defesa entre Brasil e Estados Unidos.

A Embraer e sua parceira norte-americana, Sierra Nevada, ganharam o negócio de 428 milhões de dólares, o primeiro da empresa brasileira com as Forças Armadas norte-americanas.

Com o "selo de qualidade" do maior consumidor de defesa do mundo, o chefe da unidade de defesa da Embraer, Carlos Aguiar, disse que espera maior demanda pelo turbopropulsor Super Tucano de possíveis clientes no Oriente Médio e no sudeste da Ásia.

"Sabemos que outros países estavam esperando esse resultado", disse Aguiar em entrevista por telefone. "Nos próprios Estados Unidos, na medida em que a gente comprove que estamos entregando o que foi adquirido, tenho certeza de que pode crescer muito essa ordem, e haverá outras necessidades também".

O contrato também é uma boa notícia para a Boeing, sediada em Chicago, que participa do processo de ofertas para renovar a Força Aérea Brasileira com mais de 36 novos jatos avaliados em pelo menos 4 bilhões de dólares. A companhia norte-americana disputa o contrato com a francesa Dassault e a sueca Saab.

"Esse é obviamente um desdobramento muito positivo para a Boeing. É a melhor coisa que aconteceu para eles (em disputas por acordos de fornecimento de jatos) em meses", disse uma autoridade de alto escalão do governo brasileiro sob condição de anonimato.

Autoridades brasileiras haviam expressado insatisfação no ano passado quando os Estados Unidos descartaram o contrato originalmente concedido à Embraer em dezembro de 2011.


A Hawker desafiou juridicamente o processo e as repercussões políticas do fato de que uma companhia baseada nos Estados Unidos perdeu o contrato para uma companhia brasileira chegou a atingir as eleições presidenciais norte-americanas.

Após a Embraer emergir vitoriosa nesta quarta-feira, o vice-secretário de Defesa norte-americano, Ashton Carter, ligou para o ministro da Defesa brasileiro, Celso Amorim, para cumprimentá-lo pelo resultado.

Amorim considerou uma "grande vitória" para a indústria brasileira que abrirá novas oportunidades de negócios para a Embraer, de acordo com um comunicado do ministério.

Para a Hawker, que saiu de uma concordata neste mês, o contrato perdido é mais um obstáculo no caminho para a recuperação.

"Vamos nos reunir com a (Força Aérea norte-americana) para uma discussão completa da decisão e determinaremos então nossos próximos passos", disse a porta-voz da companhia, Nicole Alexander, em comunicado enviado por e-mail.

Acompanhe tudo sobre:AviaçãoEmbraerEmpresasEmpresas abertasempresas-de-tecnologiaEstados Unidos (EUA)Países ricosSetor de transporte

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Negócios

Mais na Exame