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Embraer vê leve alta da receita por negócio de Defesa

Em suas duas divisões mais importantes para geração de receita atualmente, a de aviões comerciais e a de jatos executivos, a expectativa é de estabilidade

A demanda por aviões comerciais será parecida com a vista no último ano e os mercados emergentes devem continuar a ser destaque (Antônio Milena/ABr via Wikimedia Commons)

A demanda por aviões comerciais será parecida com a vista no último ano e os mercados emergentes devem continuar a ser destaque (Antônio Milena/ABr via Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 10 de fevereiro de 2012 às 10h21.

São Paulo - A Embraer espera pequena alta do faturamento em 2012, para entre 5,8 bilhões e 6,2 bilhões de dólares, graças ao crescimento dos negócios de Defesa e Segurança.

Em suas duas divisões mais importantes para geração de receita atualmente, a de aviões comerciais e a de jatos executivos, a expectativa é de estabilidade.

"Para os próximos anos, o crescimento das receitas da companhia dependerá bastante da evolução do cenário macroeconômico que ainda permanece instável", informou a terceira maior fabricante mundial de aviões civis nesta quinta-feira.

Também para este ano, a Embraer estima entregar entre 195 e 215 aviões, números que se comparam aos 204 jatos de 2010. A projeção de 2012 envolve de 105 a 110 aeronaves comerciais e de 90 a 105 jatos executivos -dos quais de 75 a 85 serão de pequeno porte.

A demanda por aviões comerciais será parecida com a vista no último ano e os mercados emergentes devem continuar a ser destaque, segundo a Embraer, que avalia que poderá fechar novas vendas suficientes para recompor sua carteira de pedidos (backlog).

Na aviação executiva a companhia ainda não vê sinais de recuperação. Potenciais compradores estariam cautelosos, apesar de lucros corporativos em alta, diante da volatilidade nos mercados financeiros e incertezas sobretudo em relação à economia europeia.

Defesa é destaque

"No mercado de Defesa e Segurança as perspectivas são de um crescimento mais acelerado, de forma que em cinco anos, essa unidade de negócio deverá ter um papel mais relevante no mix de receitas da companhia", informou a Embraer.

Da receita total projetada para este ano, de 900 milhões a 950 milhões de dólares virão de Defesa, contra os cerca de 600 milhões de dólares nessa área em 2011.

Outros 3,7 bilhões a 3,85 bilhões de dólares serão obtidos em 2012 na aviação comercial e adicionais 1,1 bilhão a 1,3 bilhão de dólares na executiva. Os montantes já incluem o faturamento com serviços nas respectivas áreas. Há ainda 100 milhões de dólares esperados com outros negócios.

Despesas

As despesas operacionais da Embraer este ano serão impactadas pelo reajuste salarial de cerca de 10 por cento. A empresa espesar margem operacional de 8 a 8,5 por cento, enquanto a margem de lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação (Ebitda, em inglês) deve ser entre 11,5 e 12,5 por cento.

Os investimentos para 2012 serão de 650 milhões de dólares, com pouco mais da metade destinada a produtos. O programa dos jatos executivos Legacy 450 e Legacy 500 entra na fase final de desenvolvimento e demandará mais recursos.

A Embraer disse ainda que encerrou dezembro com caixa líquido -disponibilidades menos dívidas- positivo em 470 milhões de dólares.

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