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Embraer faz acordo de US$4 bi com Republic e ação dispara

Companhia anunciou acordo para a venda de até 47 jatos modelo 175 em uma operação que inclui ainda opções de compra para 47 aviões adicionais


	Jato Embraer 175: aviões serão configurados em duas classes de serviço, com capacidade para 76 passageiros
 (Divulgação/Embraer)

Jato Embraer 175: aviões serão configurados em duas classes de serviço, com capacidade para 76 passageiros (Divulgação/Embraer)

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Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2013 às 07h48.

São Paulo - A Embraer selou nesta quinta-feira um acordo de até 4 bilhões de dólares para fornecer jatos à rede regional da American Airlines, motivando alta expressiva de suas ações com a esperança de que a fabricante conseguirá manter seus níveis de produção de aeronaves comerciais.

A Embraer e a norte-americana Republic Airways assinaram um contrato por 47 aviões modelo 175, com opções de compra de outras 47 aeronaves. Os novos jatos serão operados pela Republic sob a bandeira American Eagle da AMR.

A encomenda dá um alívio à carteira de pedidos (backlog) da fabricante brasileira, depois que a Embraer perdeu o primeiro grande contrato de uma companhia aérea norte-americana após acordos trabalhistas permitindo que elas operem aviões regionais maiores.

Em dezembro, a rival canadense Bombardier fechou com a Delta Air Lines um pedido de até 3,29 bilhões de dólares.

E a batalha por novas encomendas de grande porte nos Estados Unidos está apenas começando, de acordo com o presidente da divisão de aviação comercial da Embraer, Paulo Cesar de Souza e Silva.

"A American ainda deve comprar mais aviões desse tamanho (de 76 passageiros). Temos aí a American, a United, a US Airways e as empresas regionais também", disse ele em entrevista à Reuters por telefone. "Eu continuo confiando que nos próximos 18 meses essas campanhas (de vendas) vão ser definidas com ordens de 250 a 400 aviões, aproximadamente." As ações da Embraer chegaram a saltar quase 12 por cento na máxima dos negócios na Bovespa, no maior ganho diário em quase quatro anos. Às 16h47, a alta era de 7,59 por cento.


A venda da Embraer à Republic Airways depende da aprovação do tribunal de recuperação judicial da American Airlines, o que está previsto para ocorrer até o fim de março.

As entregas dos aviões configurados para 76 passageiros, em duas classes, deve começar em meados deste ano, com dois ou três jatos por mês, de acordo com a American Airlines.

O executivo da Embraer disse que o contrato da Republic não envolve a revenda de qualquer avião usado, que foi parte do acordo da Bombardier com a Delta.

A manutenção dos níveis de produção da Embraer em 2013 em patamar similar ao do ano passado foi colocada em dúvida diante da ausência de grandes encomendas por jatos regionais, fazendo com que a fabricante tivesse seu backlog --importante indicador da receita futura-- no menor nível em seis anos.

Alguns analistas já cortaram suas projeções de produção de aeronaves comerciais pela Embraer em 2013 e 2014.

"Estamos realmente comfortáveis que vamos manter nosso nível de produção neste ano", disse Silva.


A venda para a Republic foi fechada depois que a Embraer revelou na semana passada que a companhia aérea irlandesa Aldus Aviation é o cliente não informado na carteira de pedidos de dezembro da companhia. A Aldus assinou contrato de até 1,56 bilhão de dólares.

Também na semana passada, a Embraer informou que seu backlog no quarto trimestre teve a primeira alta em um ano, passando a 12,5 bilhões de dólares .

A Republic Airways é a maior operadora de jatos da regionais da Embraer no mundo e os novos aviões encomendados foram aprimorados pela fabricante brasileira. Segundo a Embraer, os modelos possuem novas pontas de asa e refinamentos aerodinâmicos que reduzirão o consumo de combustível em até 5 por cento.

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