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Embaixadora diz que Camargo Corrêa estuda ofertas em Gana

A terceira maior construtora do Brasil estudará fazer ofertas por projetos de hidrelétricas em Gana, onde o governo pretende gastar US$ 4,5 bilhões

Camargo Corrêa: Gana vai adicionar 2.500 megawatts de energia nos próximos 10 anos para reduzir quedas e atender a demanda doméstica (Germano Lüders)
DR

Da Redação

Publicado em 12 de novembro de 2013 às 13h28.

Acra - A Camargo Corrêa SA, terceira maior construtora do Brasil, estudará fazer ofertas por projetos de hidrelétricas em Gana, onde o governo pretende gastar US$ 4,5 bilhões para dobrar a capacidade elétrica, disse a embaixadora brasileira no país, Irene Vida Gala.

A empresa com sede em São Paulo, estado que é o maior gerador de energia hidrelétrica do Brasil, será a quinta construtora da maior economia da América Latina a operar em Gana, disse Vida Gala em entrevista, ontem, em Acra.

Angola e Moçambique são os únicos dois países africanos com presença maior de construtoras brasileiras operando localmente, disse ela. A Camargo Corrêa não respondeu imediatamente ontem a um e-mail e a um telefonema pedindo comentário.

“Eles já estão em negociação para vir e estabelecer escritórios aqui. É uma conversa preliminar, mas eles virão”, disse ela. “Eles estão indo exatamente onde são bons: na geração de energia hidrelétrica”.

Gana vai adicionar 2.500 megawatts de energia nos próximos 10 anos para reduzir quedas e atender a demanda doméstica, com um crescimento estimado de 10 por cento anualmente, disse Ebenezer Tagoe, diretor financeiro da estatal Volta River Authority, no mês passado, em entrevista.


As quedas de energia estão reduzindo o crescimento econômico na segunda maior economia da África Ocidental. Gana obtém cerca de metade de sua eletricidade com energia térmica e usa petróleo importado para abastecer as fábricas devido a uma escassez de gás natural.

As empresas brasileiras, como a fabricante de aviões Embraer SA e a maior construtora do país, a Odebrecht SA, estão se voltando a países africanos que não foram colônias portuguesas para captar investimentos em infraestrutura impulsionados pela descoberta de petróleo, gás e outras commodities.

O presidente do Quênia, Uhuru Kenyatta, se reuniu com representantes de empresas brasileiras em julho. A Odebrecht e a Queiroz Galvão SA já operam em Gana.

O Brasil mais que dobrou o número de embaixadas na África na década passada, para 37, como parte de uma estratégia do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para fortalecer laços políticos e comerciais com o continente, disse Vida Gala.

Gana e Brasil vêm discutindo uma possível linha de crédito de US$ 1 bilhão desde 2011, disse ela, que preferiu não dar mais detalhes. O comércio com Gana foi de US$ 400 milhões no ano passado, disse ela.

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A empresa com sede em São Paulo, estado que é o maior gerador de energia hidrelétrica do Brasil, será a quinta construtora da maior economia da América Latina a operar em Gana, disse Vida Gala em entrevista, ontem, em Acra.

Angola e Moçambique são os únicos dois países africanos com presença maior de construtoras brasileiras operando localmente, disse ela. A Camargo Corrêa não respondeu imediatamente ontem a um e-mail e a um telefonema pedindo comentário.

“Eles já estão em negociação para vir e estabelecer escritórios aqui. É uma conversa preliminar, mas eles virão”, disse ela. “Eles estão indo exatamente onde são bons: na geração de energia hidrelétrica”.

Gana vai adicionar 2.500 megawatts de energia nos próximos 10 anos para reduzir quedas e atender a demanda doméstica, com um crescimento estimado de 10 por cento anualmente, disse Ebenezer Tagoe, diretor financeiro da estatal Volta River Authority, no mês passado, em entrevista.


As quedas de energia estão reduzindo o crescimento econômico na segunda maior economia da África Ocidental. Gana obtém cerca de metade de sua eletricidade com energia térmica e usa petróleo importado para abastecer as fábricas devido a uma escassez de gás natural.

As empresas brasileiras, como a fabricante de aviões Embraer SA e a maior construtora do país, a Odebrecht SA, estão se voltando a países africanos que não foram colônias portuguesas para captar investimentos em infraestrutura impulsionados pela descoberta de petróleo, gás e outras commodities.

O presidente do Quênia, Uhuru Kenyatta, se reuniu com representantes de empresas brasileiras em julho. A Odebrecht e a Queiroz Galvão SA já operam em Gana.

O Brasil mais que dobrou o número de embaixadas na África na década passada, para 37, como parte de uma estratégia do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para fortalecer laços políticos e comerciais com o continente, disse Vida Gala.

Gana e Brasil vêm discutindo uma possível linha de crédito de US$ 1 bilhão desde 2011, disse ela, que preferiu não dar mais detalhes. O comércio com Gana foi de US$ 400 milhões no ano passado, disse ela.

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