Negócios

Em entrevista, Gol explica prejuízo de R$ 96 milhões

De acordo com Eduardo Masson, diretor financeiro de Relações com Investidores da companhia, declínio se deve à caixa na Venezuela


	Gol: diretor de RI da companhia explicou resultados do primeiro trimestre
 (Nacho Doce/Reuters)

Gol: diretor de RI da companhia explicou resultados do primeiro trimestre (Nacho Doce/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 15 de maio de 2014 às 17h52.

São Paulo – A Gol apresentou seus resultados trimestrais nesta quarta-feira e desapontou os analistas. A companhia teve prejuízo trimestral de 96 milhões de reais, valor 28% maior que o do mesmo período de 2013.

Em entrevista à EXAME.com, Eduardo Masson, diretor financeiro de Relações com Investidores da Gol, explicou os resultados da aérea. Confira os principais trechos a seguir:

EXAME.com: A que se deve este prejuízo de 96 milhões de reais?

Eduardo Masson: Ele se deve, principalmente, ao fato de que reconhecemos perdas com a desvalorização cambial da Venezuela. Tínhamos um caixa de 350 milhões de bolívares no país e, com a desvalorização da moeda, passamos para 275 milhões.

EXAME.com: Mas qual a importância da Venezuela para a Gol?

Masson: Temos 16 frequências semanas para a Venezuela, o equivalente a cerca de 2% de todos os nossos voos. Além dos voos para o país, ainda o usamos como escala para o Caribe, então é um bom hub para nós.

Todo o caixa que temos lá foi feito lá, a partir de compras locais de passagens, e as margens são boas. O problema é que temos dificuldades para tirar o dinheiro de lá ou para gastá-lo.

EXAME.com: O senhor disse que grande parte do prejuízo vem da Venezuela. Mas e o restante?

Masson: O prejuízo na Venezuela responde por cerca de 75 milhões de reais. Os outros 21 referem-se, principalmente, ao head de juros, que permaneceu baixo.

EXAME.com: A participação de mercado da Gol em 2013 permaneceu estável, enquanto que as aéreas menores, como Azul e Avianca, cresceram. Há intenção de crescer em 2014?

Masson: Não. Nosso objetivo no momento é  garantir a rentabilidade da companhia com o que temos agora.

Acompanhe tudo sobre:AviaçãoBalançoscompanhias-aereasEmpresasEmpresas brasileirasEntrevistasGol Linhas AéreasPrejuízoServiçosSetor de transporte

Mais de Negócios

A voz está prestes a virar o novo ‘reconhecimento facial’. Conheça a startup brasileira por trás

Após perder 52 quilos, ele criou uma empresa de alimento saudável que hoje fatura R$ 500 milhões

Esta empresária catarinense faz R$ 100 milhões com uma farmácia de manipulação para pets

Companhia aérea do Líbano mantém voos e é considerada a 'mais corajosa do mundo'