Exame Logo

Em busca de IA e receita diversificada, Eclipseworks adquire nScreen e projeta R$ 30 mi em 2024

A negociação foi feita com a troca de ações; os sócios da nScreen receberam 25% de participação na Eclipseworks

Heitor Villar, diretor de negócios, Lucas Xavier, ceo da Eclipse Works: no nosso segundo ano, nós estamos fazendo R$ 2,4 milhões em receita contratada por mês (Leandro Fonseca/Exame)
Marcos Bonfim

Repórter de Negócios

Publicado em 30 de julho de 2024 às 09h15.

Última atualização em 30 de julho de 2024 às 11h50.

Com pouco mais de 18 meses de vida, a Eclipseworks está fazendo a sua primeira aquisição. A empresa funciona como uma consultoria de tecnologia mão na massa para gerar negócios para os seus clientes. Além de estratégias, constrói software e desenvolve produtos digitais com soluções de experiência dos consumidores.

Para agregar novos serviços, a Eclipse concluiu a fusão com a nScreen, startup mineira com mais de 8 anos de atuação e dedicada a projetos em nuvem e inteligência artificial. Lançada em 2016, a empresa foi criada como uma unidade tecnológica do Grupo eMotion,dos sócios Túlio Mêne e Nilio Portella,também investido dagestora Bossa Invest (ex-Bossa Nova). No ano passado, fechou com faturamento em torno de R$ 6 milhões.

Veja também

“Nós incorporamos a nScreen, que oferece serviços de cloud e inteligência artificial (IA). Inteligência artificial era uma capacidade que nós não tínhamos e que agora passamos a contar a partir dessa aquisição”, afirma Lucas Xavier, fundador e CEO da Eclipseworks.

Como o acordo foi fechado

A negociação envolveu apenas troca de ações. Os sócios da nScreen receberam 25% de participação na Eclipse - os outros 75% estão nas mãos de Xavier - e devem aportar cerca de 1 milhão para fazer a unificação de caixa, prevista para setembro.

As operações foram unificadas e somam um time de 110 pessoas, com os sócios da nScreen ocupando posições estratégicas na nova estrutura. Nesta primeira fase da transição, a startup mineira passa a assinar como “nScreen Eclipseworks”.

A fusão entre os negócios deve gerar uma receita mais diversificada para a Eclipse, atualmente muito dependente do mercado financeiro. Os bancos Master e BMG são os principais clientes da startup e respondem por mais de 50% de todo o negócio.

Os próximos passos da Eclipseworks

Na Screen, estão nomes como a rede de comunicação Itatiaia, a Pif Paf Alimentos, a operadora Claro, a construtora MRV e o banco Inter. “Esse foi outro ponto estratégico para nós”, afirma Xavier. “Juntando as duas operações, 70% da nossa receita vem do mercado financeiro, mas não queremos restringir a nossa atuação em outros mercados”.

O empreendedor de 25 anos está em sua segunda startup. A primeira foi a Enable, uma consultoria de tecnologia com foco em desenhar processos ágeis, treinar equipes e desenvolver projetos. Após a venda em 2020, Xavier entrou para a Raro Labs, em Belo Horizonte, de onde saiu no para fundar a Eclipseworks.

A startup encerrou o primeiro ano de operação com receita operacional líquida de R$ 2,9 milhões, resultado que a classificou na 15ª posição na categoria Novatas do rankingEXAME Negócios em Expansão 2024.

"Hoje, nós estamos fazendo R$ 2,4 milhões em receita contratada por mês", diz."Sem contar com a nScreen, nós devemos fechar com mais R$ 30 milhões neste ano e prevemos dobrar de tamanho no ano que vem". O objetivo é manter o modelo de crescer sozinho, sem precisar recorrer a rodadas de captação. A operação está no azul desde o primeiro dia, segundo o fundador.

O que é o ranking EXAME Negócios em Expansão

O ranking EXAME Negócios em Expansão é uma iniciativa da EXAME e do BTG Pactual. O objetivo é encontrar as empresas emergentes brasileiras com as maiores taxas de crescimento de receita operacional líquida ao longo de 12 meses. Em 2024, a pesquisa avaliou as empresas brasileiras que mais conseguiram expandir receitas ao longo de 2023.

A análise considerou os negócios com faturamento anual entre 2 e 600 milhões de reais. Após uma análise detalhada das demonstrações contábeis das empresas inscritas, a edição de 2024 do ranking foi lançada no dia 24 de julho.

São 371 empresas de 23 estados brasileiros que criam produtos e soluções inovadoras, conquistam mercados e empregam milhares de brasileiros.

Acompanhe tudo sobre:ConsultoriasTecnologiaStartups

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Negócios

Mais na Exame